Em matéria publicado hoje(16) no jornal Correio, (ex-Correio da Bahia), assinada pelos jornalistas Jorge Gauthier e Camila Botto, a Prefeitura garante que as obras de recuperação na Mariquita começam em 60 dias. Por se tratar de um assunto de relevância para o bairro, o blog republica abaixo a reportágem na integra, dando inico também a contagem regressiva para o inicio desse trabalho.
Prefeitura diz que bairro Rio Vermelho passará por reforma
Cerveja gelada, comida caseira e vista para o mar do Rio Vermelho. Durante muito tempo, essa tríade compôs o cenário do autêntico espaço da boemia de Salvador, o Mercado do Peixe. Contudo, a falta de segurança e a confusão têm amedrontado os clientes ultimamente.
As constantes reclamações dos comerciantes obrigaram a prefeitura de Salvador a desenvolver um projeto de revitalização da área que prevê nova infraestrutura, a instalação de um mirante e um restaurante e até a construção de um anfiteatro.
De acordo com o secretário de Serviços Públicos e Prevenção à Violência, Fábio Mota, a ideia é revitalizar a área. “As paredes de concreto serão trocadas por lonas tensionadas, que transmitem uma iluminação natural. Além disso, iremos padronizar os boxes”, explica. “A grande novidade será a construção de um anfiteatro no estilo da Concha Acústica”.
As obras devem começar em 60 dias. A primeira etapa será a construção do memorial Caramuru, que contará não só com um monumento em homenagem ao português Diogo Álvares Caramuru - que teria desembarcado no Rio Vermelho no começo do século XVI - mas também com monumento aos índios tupinambás, um módulo para exposição de artesanato indígena, um mirante, uma área para shows folclóricos, restaurante e estacionamento.
Depois, de acordo com o secretário, as obras vão se concentrar no mercado. O secretário garantiu que já deu entrada na Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) para firmar acordo com os permissionários (donos dos boxes) de realocar os estabelecimentos no período das obras.
“Durante a revitalização da praça, que deve durar um ano, os comerciantes deverão ser colocados na área onde atualmente funciona o estacionamento do mercado”, garante Mota. O projeto de recuperação do mercado foi desenvolvido pela Fundação Mário Leal Ferreira.
De acordo com a prefeitura, a reforma do mercado, que desde 1980 saiu da rua Oswaldo Cruz e se instalou na Praça dos Rodoviários, ambas no Largo da Mariquita, será feita por meio de uma parceria público-privada com estimativa orçamentária de R$3 milhões. O Executivo municipal, no entanto, não divulgou o nome da empresa que será responsável pelo empreendimento.
InsegurançaCriado há 50 anos por um grupo de pescadores e feirantes no Largo da Mariquita, o Mercado do Peixe tornou-se referência: ali, a noite nunca acaba. Os boxes ficam abertos 24 horas, sete dias da semana.
No entanto, há alguns anos muitos soteropolitanos desistiram de frequentar o lugar por conta da violência. “Os clientes fogem daqui com medo de assaltos, não há a mínima segurança nem iluminação. Aqui vivia cheio de gente”, conta o comerciante Paulo Sérgio Maia, que há dez anos vende quitutes no mercado.
Dos 50 boxes, apenas 34 estão em funcionamento. “Muita gente fechou o comércio porque não aguentava mais ser roubado”, completa a comerciante Jocélia dos Santos Ribeiro, filha de José dos Santos Ribeiro, um dos fundadores do mercado, hoje com 91 anos. Para o secretário Fábio Mota, esse medo tem dias contados. No projeto está previsto “reforçar a segurança e a iluminação externa”, afirma.
Colônia de pescadores do bairro deve ser recuperada
Além dos comerciantes do mercado, os membros da colônia União dos Pescadores da Mariquita, que fica em frente ao Mercado do Peixe, também devem ser beneficiados pelo projeto de reestruturação.
O grupo de pescadores está ligado à história do mercado. Na década de 50, eles iniciaram a venda dos frutos do mar no meio da rua, o que deu origem ao nome do estabelecimento. Antônio Gomes dos Santos, o Malabar, de 66 anos, que há 40 tira seu sustento do mar, reclama da condição de abandono em que está a colônia, que tem cerca de 200 associados. “Aqui temos que dividir espaço com os mendigos e usuários de drogas que estão espalhados pelo mercado”, diz.
RevitalizaçãoMonumento - O Memorial Caramuru contará com um monumento em homenagem ao português Tupinambás - O mesmo memorial vai abrigar também uma homenagem aos índios tupinambás.
Arte - O artesanato terá espaço garantido com um módulo construído para exposição de artesanato indígena.
Mirante - A população terá uma vista privilegiada da Praia do Rio Vermelho com a construção de um mirante no Memorial Caramuru
Anfiteatro - Será erguido um O projeto para o Rio Vermelho: revitalização anfiteatro no estilo da Concha Acústica próximo ao estacionamento do novo Mercado do Peixe
Restaurante - Os soteropolitanos poderão desfrutar de um amplo restaurante com vista para o mar
Obras aguardam liberação do patrimônio da União.
Cerveja gelada, comida caseira e vista para o mar do Rio Vermelho. Durante muito tempo, essa tríade compôs o cenário do autêntico espaço da boemia de Salvador, o Mercado do Peixe. Contudo, a falta de segurança e a confusão têm amedrontado os clientes ultimamente.
As constantes reclamações dos comerciantes obrigaram a prefeitura de Salvador a desenvolver um projeto de revitalização da área que prevê nova infraestrutura, a instalação de um mirante e um restaurante e até a construção de um anfiteatro.
De acordo com o secretário de Serviços Públicos e Prevenção à Violência, Fábio Mota, a ideia é revitalizar a área. “As paredes de concreto serão trocadas por lonas tensionadas, que transmitem uma iluminação natural. Além disso, iremos padronizar os boxes”, explica. “A grande novidade será a construção de um anfiteatro no estilo da Concha Acústica”.
As obras devem começar em 60 dias. A primeira etapa será a construção do memorial Caramuru, que contará não só com um monumento em homenagem ao português Diogo Álvares Caramuru - que teria desembarcado no Rio Vermelho no começo do século XVI - mas também com monumento aos índios tupinambás, um módulo para exposição de artesanato indígena, um mirante, uma área para shows folclóricos, restaurante e estacionamento.
Depois, de acordo com o secretário, as obras vão se concentrar no mercado. O secretário garantiu que já deu entrada na Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) para firmar acordo com os permissionários (donos dos boxes) de realocar os estabelecimentos no período das obras.
“Durante a revitalização da praça, que deve durar um ano, os comerciantes deverão ser colocados na área onde atualmente funciona o estacionamento do mercado”, garante Mota. O projeto de recuperação do mercado foi desenvolvido pela Fundação Mário Leal Ferreira.
De acordo com a prefeitura, a reforma do mercado, que desde 1980 saiu da rua Oswaldo Cruz e se instalou na Praça dos Rodoviários, ambas no Largo da Mariquita, será feita por meio de uma parceria público-privada com estimativa orçamentária de R$3 milhões. O Executivo municipal, no entanto, não divulgou o nome da empresa que será responsável pelo empreendimento.
InsegurançaCriado há 50 anos por um grupo de pescadores e feirantes no Largo da Mariquita, o Mercado do Peixe tornou-se referência: ali, a noite nunca acaba. Os boxes ficam abertos 24 horas, sete dias da semana.
No entanto, há alguns anos muitos soteropolitanos desistiram de frequentar o lugar por conta da violência. “Os clientes fogem daqui com medo de assaltos, não há a mínima segurança nem iluminação. Aqui vivia cheio de gente”, conta o comerciante Paulo Sérgio Maia, que há dez anos vende quitutes no mercado.
Dos 50 boxes, apenas 34 estão em funcionamento. “Muita gente fechou o comércio porque não aguentava mais ser roubado”, completa a comerciante Jocélia dos Santos Ribeiro, filha de José dos Santos Ribeiro, um dos fundadores do mercado, hoje com 91 anos. Para o secretário Fábio Mota, esse medo tem dias contados. No projeto está previsto “reforçar a segurança e a iluminação externa”, afirma.
Colônia de pescadores do bairro deve ser recuperada
Além dos comerciantes do mercado, os membros da colônia União dos Pescadores da Mariquita, que fica em frente ao Mercado do Peixe, também devem ser beneficiados pelo projeto de reestruturação.
O grupo de pescadores está ligado à história do mercado. Na década de 50, eles iniciaram a venda dos frutos do mar no meio da rua, o que deu origem ao nome do estabelecimento. Antônio Gomes dos Santos, o Malabar, de 66 anos, que há 40 tira seu sustento do mar, reclama da condição de abandono em que está a colônia, que tem cerca de 200 associados. “Aqui temos que dividir espaço com os mendigos e usuários de drogas que estão espalhados pelo mercado”, diz.
RevitalizaçãoMonumento - O Memorial Caramuru contará com um monumento em homenagem ao português Tupinambás - O mesmo memorial vai abrigar também uma homenagem aos índios tupinambás.
Arte - O artesanato terá espaço garantido com um módulo construído para exposição de artesanato indígena.
Mirante - A população terá uma vista privilegiada da Praia do Rio Vermelho com a construção de um mirante no Memorial Caramuru
Anfiteatro - Será erguido um O projeto para o Rio Vermelho: revitalização anfiteatro no estilo da Concha Acústica próximo ao estacionamento do novo Mercado do Peixe
Restaurante - Os soteropolitanos poderão desfrutar de um amplo restaurante com vista para o mar
Obras aguardam liberação do patrimônio da União.
Para que as obras de revitalização do Mercado do Peixe sejam iniciadas é necessária uma autorização do patrimônio da União, que tem a propriedade da área onde o mercado está localizado, no Largo da Mariquita.
A gerente regional do patrimônio da União na Bahia, Ana Vilas Boas, informou que já conversou com o secretário Fábio Mota (Serviços Públicos e Prevenção à Violência) sobre o assunto, mas ainda não recebeu o projeto para ser analisado.
“Apesar de não ter analisado todos os detalhes do projeto, há uma predisposição em liberar a obra pois entendo que ela trará um benefício interessante para a população”, ressalta. A gerente explicou que para iniciar as obras a prefeitura deve apresentar também a licença ambiental. O total da área a ser revitalizada é de 14.253m2.
A gerente regional do patrimônio da União na Bahia, Ana Vilas Boas, informou que já conversou com o secretário Fábio Mota (Serviços Públicos e Prevenção à Violência) sobre o assunto, mas ainda não recebeu o projeto para ser analisado.
“Apesar de não ter analisado todos os detalhes do projeto, há uma predisposição em liberar a obra pois entendo que ela trará um benefício interessante para a população”, ressalta. A gerente explicou que para iniciar as obras a prefeitura deve apresentar também a licença ambiental. O total da área a ser revitalizada é de 14.253m2.
Nossos apelos ressoando? Que ótimo, há sempre uma luz no fim do túnel.
ResponderExcluirMas ainda questiono-me sobre algumas questões:
“parceria público-privada com estimativa orçamentária de R$3 milhões...não divulgou o nome da empresa que será responsável pelo empreendimento. A gerente regional do patrimônio da União na Bahia, Ana Vilas Boas, informou que já conversou com o secretário Fábio Mota (Serviços Públicos e Prevenção à Violência) sobre o assunto, mas ainda não recebeu o projeto para ser analisado...deve apresentar também a licença ambiental.”
Tudo isso em sessenta dias????
Não haverá licitação???
A praia de Santana e o Largo de Santana, não foram citados. Por quê?
E aí????
Tomara que realmente o Memorial seja construído. E se for construído, vamos ver se o povo não vai destruir. Porque, infelizmente, uma porte do povo baiano é mal educado e destroi tudo, quebra banheiro, deixa tudo sujo, joga lixo em qualquer lugar, mija em qualque lugar, etccc. Agora uma dúvida: O RAC agora está de acordo com a revitalização do Mercado do Peixe??? Que eu saiba o mesmo era contrário ao projeto apresentado à Prefeitura pela Central das Entidades: O Memorial Caramuru.
ResponderExcluirConheço um pouco dessa história e se o memorial for realmente construido o credito deve ser dada a Ubaldo Porto que batalhou muito por isso. Mas é preciso entender que não basta construir, tem que preservar, esse é o grande entrave dessa cidade, os equipamentos são construidos e largados à própria sorte, basta olhar como estão os poucos monumentos existentes. Rac fez uma observação que faz sentido na matéria não ficou claro se vai haver intervenção na Praia de Santana.
ResponderExcluirEu só acredito quando terminar a obra. JH não têm credibilidade na minha casa.
ResponderExcluirVamos continuar na pressão.Fotografando, divulgando as fotos, mobilizando a imprensa até a obra começar. Se cruzarmos os braços com certeza não sai.
ResponderExcluirIsso mesmo, Carmela! Aqui a coisa só anda na pressão e o blog tá ajudando a botar lenha na fogueira, com competência e seriedade.
ResponderExcluirAh! Parabééééééns, Carmela.
O Sr. Ubaldo faz o seu comentário iniciando-o com uma dúvida ao dizer que tomara que realmente o Memorial seja construído e justa observação sobre o comportamento do povo , que acaba com tudo que se coloca à sua disposição . Torço, com ele, esperando que o Memorial se torne mesmo uma realidade, mas temo, também , a depredação e a má conservação. Concordo com D.Vanda. Se o sonho do Memorial se tornar uma realidade, o mérito, indiscutivelmente , deverá ser creditado ao Sr. Ubaldo M.Porto Fº. Com o Memorial , a Mariquita se tornaria um importante ponto turístico do Bairro , se bem trabalhado...Teremos algo para atrair passeios turísticos, para os guias mostrarem e uma história a mais para contar...
ResponderExcluirMas , fica valendo a observação de D. Vanda , de que, construir é importante, porém , conservar , mais ainda...
Infelizmente, é costume da terra construir algo e esquecer definitivamente o que foi feito anteriormente que fica entregue à ação destruidora do tempo que nada perdoa, sobre tudo o que não é adequadamente conservado. Como exemplo , rapidamente, no momento, posso até citar os terminais do “Aquidabã” e o da Lapa... necessitando urgentemente de pesadas intervenções...
É verdade, não ficou nada definido com relação à praia de Santana , mas o assunto , certamente, não ficará esquecido.
Os bens públicos são um exemplo, como disse D.Vanda e eu completo : os monumentos de Salvador estão carentes de manutenção, haja vista a situação em que se encontra a estátua de Cristóvão Colombo , que está sendo tomada pelo mato, aquela do Cristo da Barra onde faltam quatro placas de mármore negro. A Fundação Gregório de Matos tem ciência do fato, que lhe foi comunicado por mim por carta, mails e pessoalmente , mas sempre alegou falta de grana...O gradil do monumento ao Visconde de Cayru abriga barracas mal feitas e serve de estacionamento para , pelo menos , uma moto...
Coisas como estas acontecem na nossa cidade que, por ser histórica, deveria ser bem cuidada..
Quem sabe mais o que tem por aí caindo aos pedaços ?
Agora , não nos resta que dar tempo ao tempo e torcer para que as coisas possam acontecer.
MAIS UMA QUE EU QUERO VER!
ResponderExcluirÉ... parece que neste resto de ano vou ver muitas maravilhas acontecerem no nosso bairro.
Estarei na primeira fila aplaudindo!
A prefeitura de Salvador trabalhando? Eu só acredito vendo...
ResponderExcluir