Por mais que me esforce sempre tive medo de tomar injeção, na veia então? Uma covardia de má hora, mesmo no melhor dia de sol e praia; uma vergonha para um adulto alfabetizado como eu. Pois não é que tive que passar por esse sufoco esta semana?
Pois é, devido a uma crise de artrite no ombro direito, após passar três longas noites a sofrer dores, sem poder dormir direito. Não houve escolha: Tive que ir parar numa Emergência hospitalar e entrar na agulha direitinho, mas, o médico ortopedista capixaba Dr.Daniel não deu a mínima para a minha paranoia, contudo me deu um alento: “Podes chorar se quiseres, mas vou quebrar o seu galho, aplicarei uma morfina no local, afim de que não sofras muito quando fizer com essa agulha grossona a infiltração intra-dérmica, que o caso requer”.
SUAR FRIO
Estava eu bem na minha, calmo, sentadinho na enfermaria quando ali adentra a enfermeira empurrando um daqueles carrinhos de chá parecidos com os de restaurantes grã-finos repleto de sobremesas deliciosas, mas aquele não, o tal veículo vinha cheio mesmo era de seringas, esparadrapos, ampolas e uma tralha completa para que acontecesse em mim aquele procedimento, que me deixou a ficar a suar frio. A situação realmente começou a ficar quente mesmo, foi quando o doutor adentrou na pequena saleta, de máscara, e foi logo retirando do carrinho um par de luvas branquinhas, com talquinhos por dentro para facilitar a sua utilização pelo usuário, o Dr. Daniel (que você deve se lembrar daquele personagem bíblico que adentrou sozinho uma cova de leões famintos e de lá saiu ileso. E ali na sua função ele tinha que matar (em dores) não um, mas vários leões por dia).
ORAÇÃO
Comecei a orar profundamente foi quando a assistente me falou: O senhor poderia tirar a sua camisa, por favor? A coisa ficou pior não foi quando ela começou a desinfetar o local das aplicações com éter que inundou todo o ambiente com o seu forte cheiro; Mas sim quando o médico começou a aplicar as duas injeções: Quando ele mirou o local e enfiou a agulha contendo a anestesia local, (quando ela bateu lá no fundo, fez tiiinnn, aí, o meu olho roxo ficou tão tenso que alí não passava nem pensamento (he he he); já na segunda, quando a anestesia já fora aplicada, foi só beleza pura, veio aquela da agulha grossona, a qual iria chafurdar por dentro de meu amado velho ombrinho querido. Não tive outra escolha senão olhar para o alto e deixar rolar o tal procedimento, que, até não demorou mais que cinco minutos. Deixando-me livre, para mais que depressa ir me aliviar no sanitário mais próximo, evitando me urinar todo ali mesmo. (Mas quando me perguntam como me saio dessas furadas, respondo que sou muito “ma xo xotoooo” mesmo.)
Eu bem sei que você não tem medo algum de tomar injeções, principalmente quando isso venha a ocorrer em outra pessoa que não seja você própria. He He He...
CUIDADOS
Veja bem os cuidados que se deve ter para se ter em si o uso de remédios através da aplicação de injeções: 1) Serem receitadas por médico competente; 2) Serem aplicadas por profissionais abalizados da área de Enfermagem, e, acima de tudo para aplicação, só utilizar materiais extremamente esterilizados. Ainda mesmo assim, tem-se que ter o maior cuidado com as dosagens receitadas, (para não serem compradas com dosagens trocadas, ou muito acima, ou muito abaixo do solicitado) assim como, deve-se verificar se a medicação indicada para aplicação venosa, não foi trocada por intramuscular. Ou seja, se o médico pede uma injeção, por exemplo, de cálcio, para aplicação muscular e você, por engano a aplica na veia, isso poderá problema seríssimo de risco de vida.
Muita Paz
Egnaldo Araújo - DRT – 4230 -= DF.