Passar trote para a Samu é falta de responsabilidade |
“O prejuízo causado no serviço é incalculável. Muitas vítimas podem deixar de serem atendidas porque nossos profissionais estão com as linhas ocupadas com esse tipo de brincadeira de mau gosto. A situação é ainda pior quando deslocamos uma ambulância”, informa o médico coordenador do Samu de Salvador, Ivan Paiva.
No intuito de sensibilizar crianças e adolescentes, responsáveis pela realização da maioria dos trotes, o Samu realiza periodicamente palestras sobre os impactos negativos dessa prática em escolas das redes pública e privada da capital. “Ainda temos muitos casos de trotes de crianças que, em geral, os atendentes identificam facilmente. Desde que iniciamos esse trabalho educativo nos colégios conseguimos reduzir o número de trotes em torno de 40%, mas ainda recebemos um quantitativo muito grande de solicitações falsas", pontua Paiva.
Devido ao 1º de abril, o número de trotes aumenta significantemente durante esse mês. Por esse motivo, Ivan Paiva alerta a população para essa brincadeira de mau gosto que pode acarretar em uma série de prejuízos. "Quando uma pessoa liga para o Samu, um atendente faz uma triagem das ocorrências e as encaminha para os médicos de plantão, que já começam o atendimento por telefone. Quando se trata de um trote, todo o trabalho é perdido. A gente pede que as pessoas tenham consciência, e que os pais orientem seus filhos, porque estamos falando de um serviço que lida com vidas".