Clécia Queiroz traz de volta os seus “Quintais” para o Teatro Castro Alves

Depois de difundir o samba de roda na Colômbia (Bogotá) e na Caravana das Artes, programa da UNICEF, no estado de Sergipe, a cantora Clécia Queiroz traz de volta o seu show Quintais para o palco principal do Teatro Castro Alves, dessa vez dentro do projeto Domingo no TCA, dia 13 de agosto às 11h. No repertório, Clécia apresenta músicas do seu mais novo disco, que leva o nome do show, além de alguns sucessos que marcaram sua trajetória como cantora, voltadas para as tradições culturais afro-brasileiras da sua terra sem perder as conexões com o mundo contemporâneo em que vive. Pesquisadora do samba de roda do Recôncavo Baiano, a cantora mistura com delicada sofisticação, em Quintais, os diversos estilos do gênero, como o ‘samba-corrido’ e a ‘chula’ com outras vertentes de samba conhecidas nacionalmente, como o partido-alto e o samba-canção. Clécia, também, cria um diálogo com outros ritmos afro-brasileiros, como maxixe, jongo,savalú, ijexá ou ilú, por exemplo, que dão cores às composições de Roque Ferreira, Walmir Lima, Roberto Mendes, J. Velloso, Alexandre Leão, Manuca Almeida, Samir Trindade, Emília Biancardi, Sú de Oiá e dela própria.

O disco, “Quintais”, teve duas canções premiadas: Flor D’Água (prêmio de Melhor Arranjo no XII Festival da Educadora FM) e Quintais, composição que dá nome ao trabalho, de autoria da própria Clécia e de Roque Ferreira (troféu Mostra Sesc Música – 2ª. Edição). Recentemente, o CD recebeu Menção Honrosa e foi incluído na lista dos 100 Melhores Discos da Música Brasileira de 2016 do respeitado blog Embrulhador do jornalista Ed Félix (São Paulo).

Para esse show especial do Domingo no TCA, além das canções do novo álbum, estarão presentes no show regravações de Emílio (Jorge Benjor), Araketu Bom Demais (Dinha) e Diplomacia (Batatinha), gravadas no seu disco de estreia, Chegar à Bahia, e canções do seu álbum Samba de Roque, como Chulas e Bambá de Dendê. À música, Clécia acrescenta uma atmosfera teatral regada de uma expressão cênica forte, onde a dança se faz presente, característica que se consolidou no seu trabalho de artista, uma vez que Clécia, além de cantora, é dançarina e atriz premiada.

A cantora será acompanhada por Dudu Reis, um dos mais importantes cavaquinistas da Bahia, que também assina a Direção Musical, Marcos Bezerra (violão), Bira Monteiro (percussão), Sebastian Notini (percussão) e Gel Barbosa (acordeon). O show conta com a participação dos dançarinos Edeise Gomes e Jairson Bispo e de crianças do Curso Preparatório da Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), do qual Clécia foi coordenadora pedagógica. O show tem Direção Artística da premiada diretora teatral Elisa Mendes e figurino e cenário do também premiado Zuarte Jr.

História – Clécia Queiroz, natural de Ilhéus, vive em Salvador desde os 13 anos. Vem construindo uma carreira sólida, permeada por uma diversidade de sons da afro-brasilidade. Seu trabalho também faz referências ao Candomblé. Como ela diz, “é música que se embrenha na cultura local, mas está antenada com o contemporâneo”. Tem três discos lançados, Chegar à Bahia (1997), Samba de Roque (2010) e Quintais (2016). Esse último, dedicado ao compositor baiano Roque Ferreira, figura importante na recriação e preservação do samba de roda, e que ficou conhecido nas vozes de Zeca Pagodinho, Alcione e Beth Carvalho.

Clécia é ainda atriz (Prêmio Braskem de Teatro) e pesquisadora da cultura afro-baiana. Além de Mestrado em ‘Performance Arte’, pela Universidade de Howard (Washington/EUA), atualmente faz Doutorado em Difusão do Conhecimento na Universidade Federal da Bahia, em Salvador.

Youtube de Clécia Queiroz

Alguns comentários da crítica especializada:


(...) o seu cantar brejeiro se revela categórico ao sabor do samba e de seus congêneres. Assim ela seduz pela simplicidade com que se entrega ao ofício de apresentar as músicas pelas quais demonstra conhecimento e amor.
Aquiles Rique Reis (*) - Correio Popular - (*) Músico e vocalista do MPB4

A cantora baiana Clécia Queiroz permanece com desenvoltura na roda dos sambas do Recôncavo. Com sambas brejeiros como “Anjo Fugido” (Roberto Mendes e J. Veloso) e Flor D’Água (Samir Trindade) ótimo repertório gira em torno do samba de roda 0ferecendo iguarias como Caruru (Samir Trindade)). Mas abarca outros ritmos afro-brasileiros.
Mauro Mendonça – Blog Notas Musicais – 28/05/2016

Se o samba nasceu na Bahia (o não), Clécia Queiroz é a sua descendente legítima. Sua voz, bela e afinada, é ingresso para a festa. (...) O samba brejeiro com tempero de dendê e ares do Recôncavo ilumina o quintal nesse CD de Clécia Queiroz. Irresistível. Impossível não entrar na festa.
Beto Feitosa - Ziriguidum – 12/08/2016

Roque (Ferreira) já foi gravado por dezenas de intérpretes famosos, de Bethânia a Zeca Pagodinho, mas na voz aberta de Clécia fica outra coisa porque ela brinca.
Juarez Fonseca – Zero Hora – Porto Alegre (RS) – 26/08/2016

Serviço
  • O quê: Clécia Queiroz – Quintais
  • Quando: 13/08 (domingo)
  • Horário: 11h
  • Onde: Teatro Castro Alves
  • Quanto: R$ 1,00
  • Bilheteria: Teatro Castro Alves
Clécia Queiroz traz de volta os seus “Quintais” para o Teatro Castro Alves
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