Obra de casa de pagode-funk-sertanejo pode abalar estrutura da Casa de Tereza, um imóvel do século XIX

Instalada há sete anos na Rua Odilon Santos, Rio Vermelho, em um casarão totalmente restaurado, datado de 1836, pertencente à Fazenda Alagoas, onde nasceu o artista plástico Carlos Bastos, a Casa de Tereza, pilotada pela renomada Chef Tereza Paim, premiada dentro e fora do Brasil, tornou-se referência no bairro e ponto obrigatório dos turistas que visitam a cidade em busca da gastronomia tradicional baiana.

Apesar da inserção no bairro e de compromisso com a preservação da história e tradições da cultura gastronômica local, Tereza Paim, está presenciando a deterioração progressiva do imóvel que procurou preservar no Rio Vermelho. Colado à parede do antigo casarão, estão construindo uma casa de pagoge-funk-sertanejo, obra, de acordo com a Chef, “toda ilegal”.

Segundo ela, os responsáveis pela construção deram entrada em um alvará de reforma, mas, na verdade, demoliram tudo e edificaram uma prédio com três pavimentos, com o agravante de que as vigas estão cravadas nas paredes do imóvel da Casa de Tereza, um casarão de adobe de 1838, “uma das poucas casas restauradas preservando a construção original para contar a história da Bahia”, pontuou.

Ela ressalva que o alvará da obra colada ao seu imóvel, tem uma planta de uma tapiocaria, porém, o que está em construção é um prédio pelo menos trinta por cento maior do que o permitido no alvará e cobrindo a fachada lateral do imóvel de quase 200 anos.

Tereza assinala que já fez denúncias na Sucom, pedi socorro a vários gestores públicos, mas nada foi feito. Estou pedindo socorro aos empresários do bairro e moradores para que minha casa não caia, pois as vibrações decorrentes desse tipo de som em contato com a estrutura de adobe das paredes do casarão do século XIX, podem, vagarosamente, colocar em risco de desabamento”, acrescentou.

Obra de casa de pagode-funk-sertanejo pode abalar estrutura da Casa de Tereza, um  imóvel do século XIX

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2 Comentários
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  1. Uma pena que a prefeitura não esteja vendo isso ou está vendo e está de permitindo.

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  2. Ai meu Deus, se abrirem mesmo essa tal casa de pagode, não só a estrutura do prédio antigo pode ser abalada, a nossa também, coitados de nos moradores da área!

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