As celebrações ocorrem em janeiro e seu calendário segue Epifania ou o Dia de Santos Reis (06 de janeiro). A Festa segue a seguinte ordem: novenas, iniciadas no dia subsequente à Epifania e estendendo-se até o sábado anterior à missa solene; o cortejo e a lavagem das escadaria e do adro do Santuário Senhor do Bonfim realizam-se na segunda quinta-feira após as comemorações de Reis; e, no segundo domingo depois do dia 06 de janeiro, ocorrem a missa campal e a procissão.
Não sabe-se exatamente como surgiu o ritual da lavagem, embora os dados mais precisos remontem a 1804. O fato é que o convívio respeitoso que hoje se vê entre católicos e candomblecistas nem sempre foi assim. No século XIX, a lavagem, hábito adotado originalmente nos festejos que se davam em honra aos orixás nos terreiros, foi alvo de proibições e críticas por seus elementos de origem africana (músicas, danças, comidas e bebidas). Contudo, a devoção e a necessidade de expressão da fé e da religiosidade suplantaram as iniciativas e posições puristas.
Atualmente, grande marca dessa festividade é o convívio harmonioso entre duas matrizes religiosas: católica e afro-brasileira. Enquanto a primeira cultua o Senhor do Bonfim como a representação do Cristo crucificado, no candomblé, ele é sincretizado com Oxalá. Ambas entidades sofreram e foram purificadas.
A Festa de Nosso Senhor do Bonfim é tão marcante na história da população afro-brasileira que ela foi, em parte, trasladada para a África pelos agudás, africanos que saíram da Bahia e retornaram ao Benin. A Festa é a maior expressão de suas raízes brasileiras.
O cortejo, que antecede a lavagem, parte da Igreja da Conceição da Praia, passando por ruas dos bairros do Comércio, São Joaquim, Calçada, Roma e Bonfim, até a colina sagrada, onde está a Igreja do Bonfim, totalizando aproximadamente 8km. O cortejo é liderado pelas baianas, que carregam consigo quartinhas com água de cheiro e ramos de flores. Em seguida, vem o afoxé Filhos de Gandhi e, por fim, os demais fiéis, tomando as ruas de branco.
Assim como em outras manifestações religiosas, durante todo o período da Festa do Senhor do Bonfim, o sagrado convive com o profano. Barracas com comidas e bebidas espalham-se ao redor da Igreja, além das inúmeras festas públicas e fechadas que ocorrem durante o período dos festejos.
Desde 2013, a Festa do Senhor Bom Jesus do Bonfim foi transformada em patrimônio imaterial brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (IPHAN), estando registrada no Livro das Celebrações.
Fonte: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/85
O cortejo, que antecede a lavagem, parte da Igreja da Conceição da Praia, passando por ruas dos bairros do Comércio, São Joaquim, Calçada, Roma e Bonfim, até a colina sagrada, onde está a Igreja do Bonfim, totalizando aproximadamente 8km. O cortejo é liderado pelas baianas, que carregam consigo quartinhas com água de cheiro e ramos de flores. Em seguida, vem o afoxé Filhos de Gandhi e, por fim, os demais fiéis, tomando as ruas de branco.
Assim como em outras manifestações religiosas, durante todo o período da Festa do Senhor do Bonfim, o sagrado convive com o profano. Barracas com comidas e bebidas espalham-se ao redor da Igreja, além das inúmeras festas públicas e fechadas que ocorrem durante o período dos festejos.
Desde 2013, a Festa do Senhor Bom Jesus do Bonfim foi transformada em patrimônio imaterial brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (IPHAN), estando registrada no Livro das Celebrações.
Fonte: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/85