Apesar de ser o mais importante escultor de monumentos de rua de Salvador, o poder público ainda esta devendo uma homenagem ao avô de Sarnelli colocando o seu nome ou um busto em logradouro do bairro. Em 2013, a pedido da Amarv, a então vereadora Aladilce Souza conseguiu aprovar projeto de lei na Câmara Municipal para renomear a Praça da Santa Cruz, no Rio Vermelho, com o nome de Pasquale De Chirico, mas a iniciativa foi vetada pela Sucom, com base no Artigo 5º da Lei 3.073/79, segundo o qual, não é permitida a alteração de nomes de logradouros já oficializados. O fato é que a Prefeitura não teve interesse em levar a proposta adiante, se tivesse, poderia acatar a sugestão e propor um novo logradouro , afinal, durante a requalificação da orla, novas praças foram construídas, inclusive a que fica na entrada da Rua Pedra da Sereia, onde o artista residiu, até o fim da vida .
Nascido em Venosa, cidade ao sul da Itália, em 1873, Pasquale chegou ao Brasil em 1893, com 20 anos. Por dez anos morou em São Paulo até vir para Salvador, onde lecionou na Escola de Belas Artes da Bahia de 1918 a 18 de março de 1932, ano em que tomou posse como titular da cadeira de escultura, cargo que exerceu até agosto de 1942. Foi um professor extremamente ativo e uma figura importante da vida acadêmica e social da cidade, um artista atuante que não se limitou apenas ao âmbito da Academia.
Infelizmente, a obra deixada por ele no Rio Vermelho o Medalhão a Eurycles de Mattos, incrustado em uma coluna de granito, desapareceu, acredita-se ter sido furtado.
Desenho de tão perfeito parece um retrato |