Vem prá Caixa, vem

Caixa do Rio Vermelho, segunda-feira, dia 26 de maio, 10h da manhã. O banco abre as portas, dois caixas no atendimento: um preferencial, para idosos , outro para os demais otários.Em uma coluna, bem à vista, um comunicado informando que nenhuma pessoa pode ficar por mais de 15mim na fila em dias normais e no máximo 30 mim em dias que antecedem ou sucedam a um feriado, seguido de uma lista de penalidades a que o banco esta sujeito descumprido da determinação. As pessoas na fila olham o cartaz e os guichês vazios, balançam a cabeça como se estivessem dizendo: Esculhamba mas não esculacha! Ao lado, uma máquina de senhas desativa impede que o cidadão comprove o horário de chegada e o de atendimento. A cada minuto que passa a impaciência vai tomando conta, mas cada um permanece em seu lugar, firme e teso. Por volta das 10h30 chega mais um funcionário, alívio, agora vai. O cidadão tira o plástico do computador, confere carimbos e outros pertences para iniciar o trabalho, as pessoas se ajeitam na fila.Ledo engano o funcionário sai do guichê, sobe as escadarias e retorna uns 20mim depois com uma sacola de lona, provavelmente com o dinheiro, senta novamente, confere tudo e a fila fazendo voltas, finalmente, às 11 h, chama o primeiro otário.E assim o cidadão enfrenta mais uma manhã de desrespeito nessa Bahia que nunca foi e pelo visto nunca será de todos nós.

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