Localizada entre as praias da Paciência e Santana, a Pedra dos Pássaros(foto), em décadas passadas além de servir de local de pouso para dezenas de gaivotas, também era usada como trampolim de mergulho para muitos jovens que chegavam até lá em poucas braçadas. Nesse tempo, o bairro era local de convivência, onde as turmas, hoje chamadas de tribos, se reuniam para azarar, inventar novidades. Não havia o modismo dos shoppings. As gaivotas sumiram e os jovens do passado hoje são cinquentões e sessentões, que ainda cultivam o hábito de se reunir, só que agora nos bares.No inicio deste ano houve uma movimentação no sentido de fazer novamente a travessia. Entretanto, a prudência falou mais alto e por consenso decidiu-se que seria melhor preservar apenas na memória os bons tempos quando dividiam a pedra com belas gaivotas. Essas, quem sabe se um dia não retornem.
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OS PÁSSAROS ESTÂO VOLTANDO
ResponderExcluirTenho notado que ultimamente os pássaros (gaivotas e outra especies que vivem da pesca), embora em pouco número, estão voltando a usar a pedra como ponto dea apoio para suas incursões sub-aquáticas, e assim como os pássaros nós tambem, no próximo verão vamos voltar à Pedra dos Pássaros, às favas a prudência!
O Jornalista e poeta Sérgio Matos - que morou durante infância e juventude no Ed. Maria Lídia, em frente a Pedra dos Pássaros - em 1985 fez a seguinte poesia que está no livro “Lançados ao Mar:
ResponderExcluirJá não vejo gaivotas
Nas pedras do Rio Vermelho.
Meus olhos já não descansam
Com aquele vôo sereno
E com o mergulho indicador
De boa pescaria. Emigraram.
Os jornais anunciam
A morte das gaivotas
Em Arembepe e na Bretanha
Ora o titânio, ora o petróleo,
Lançados nas águas do mar.
De que vale o progresso
Se já não posso
Contemplar as gaivotas
Na Pedra dos Pássaros
De minha infância?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA volta dos pássaros é um prenúncia de que nem tudo está perdido. Quanto a ida de vocês no próximo verão, se acontecer, será devidamente documentada por este blog.
ResponderExcluirMuito boa lembrança.Sergio Matos não mora mais no Rio Vermelho mas continua tendo uma grande afinidade com o bairro. Sempre que o encontro faz referência ao tempo que morou na Almirante Barroso.
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