História de um tenente sem patente

Essa queda de braço entre pescadores e organizadores da Festa de Iemanjá com Tenente vem de longas datas, um episodio verídico registrado bem no período da Ditadura Militar, de triste memora, é interessante de ser relembrado nesse momento.

O artista plástico Manoel Bonfim autor da escultura de Iemanjá que fica em frente à Casa do Peso, se meteu a organizar a festa. Entre as iniciativas para angariar fundos, decidiu-se comprar uma televisão, o que foi feito em sue nome, para realizar um sorteio mediante a venda de bilhetes. Alguma coisa saiu errada e o sorteio não se concretizou. Tenente queria que Bonfim desse a televisão de qualquer jeito, mas o escultor se recuou a entregar alegando que o aparelho foi comprado por ele e a disputa foi parar na Sétima Delegacia.

O delegado á época, Ivan Barroso, chamou as duas parte para confrontar as versões. Bonfim foi acompanhado pelo advogado e jornalista Jeová de Carvalho, figura conhecida em toda a cidade.

Na troca de insultos Bonfim começou a dizer impropérios a Tenente ,a quem chamou de mentiroso por várias vezes. Jeová tentava acalmá-lo, sempre de forma educando, dizendo que as coisas não eram bem assim.

Ao final da audiência, já do lado de fora da Delegacia, Bonfim, irritado, se dirige a Jeová: você vem para me defender e fica do lado de Tenente!

Jeová pondera: mas rapaz, o homem é Tenente, nos estamos em um ditadura quer que sejamos presos?

Mais irritado ainda Bonfim reage: que Tenente que nada, isso é só um apelido!

Essa fato correu de boca em boca nos bares e botecos do Rio Vermelho durante décadas, rendendo boas e sonoras gargalhadas
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1 Comentários
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  1. Estou tentanto fazer comentário nesse blog com meu e-mail mas não consigo e é só por isso qu estou entrando como anonônimo.Mas eu não podia deixar de parabenizar essa iniciativa . Gosto muito das notas pubicadas e da preocupação em mostrar as coisas do bairro, agora essa história de tenente então... o desfeche foi hilário.
    Marcos Aurelio

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