O domingo de sol me inspirou a um passeio despretensioso pelo bairro, sem qualquer pensamento preconcebido de olhar critico. Apenas caminhar. Entretanto, a situação de abandono do Rio Vermelho é de tal ordem que a cada passo nos deparamos com problemas inacreditáveis que se consolidam pela falta de ação do poder público.
Buracos nas calçadas, carros estacionados sobre os passeios, imóveis abandonados servindo de deposito de lixo e refugio de marginais. Sem tetos dormindo sob as marquises, e nos barcos transformados em barracos na praia de Santana, passarelas sobre o rio Lucaia sem proteção, pontes com buracos, lixo abandonado em cada esquina, pichações e propaganda de candidatos poluindo ainda mais o visual já comprometido, porque ninguém cumpre a legislação.
A quadra de esporte destruída, pescadores vendendo pititingas espalhadas no calçadão sem qualquer procuração com a higiene, emporcalhando a rua, e dificultando a passagem dos pedestres. A parede lateral da igrejinha de Santana utilizada como sanitário público, onde pessoas fazem xixi a qualquer hora do dia, sem o menor constrangimento. A Igreja de Santana cercada com uma grade pavorosa que agride o meio-ambiente e protege um estacionamento irregular.
O Mercado do Peixe, na Mariquita é o retrato da decadência: sujo, mendigos, deficientes metais, cachorros aos bandos, bêbados que não se agüentam de pé, um cenário deprimente. As figuras de bronze colocadas no pedestal da estátua de Colombo, vestidas com trapos. O mato já toma conta do canteiro, o módulo policial abandonado. Carros estacionados na porta da Igreja Universal, no prédio onde no passado funcionou um cinema, obrigam os pedestres a disputarem espaço no asfalto com os veículos, correndo risco de atropelamento.
Uma tristeza !
O Rio Vermelho não merece isso
janeiro 11, 2009
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