Esta de parabéns o Ministério Público Estadual (MPE) pela decisão adotada de convocou os diretores da Aratu (Nei Bandeira) e Itapoan (Paulo Dropa) para assinar um Termo de Conduta contra a banalização da violência na TV baiana. Alguém tinha que fazer isso. Não tenho costume de assistir televisão, principalmente ao meio-dia, mas o relato que tenho ouvido sobre os programas apresentados nesse horário não tem nada haver com jornalismo. Se explora o que há de mais sórdido no comportamento humano para conseguir audiência, sem a mÃnima preocupação com as consequências. Liberdade de imprensa pressupõe também responsabilidade e ética. A reunião vai acontecer hoje,sexta-feira (13), na sede do MPE, em Nazaré. Sem dúvida um ótimo dia para banir esse horror das programações.
Postar um comentário
5 Comentários* Os comentários publicados são de inteira responsabilidade do autor. Comentários anônimos (perfis falsos ou não) ou que firam leis, princÃpios éticos e morais serão excluÃdos sumariamente bem como, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos e agressivos, não serão admitidos.
Meu questionamento é:
ResponderExcluirO que é banalização da violência????
É mostrar um corpo cravejado de balas, seja lá por policiais ou marginais????
É mostrar cenas do carnaval ou lavagem de largo de grupos se agredindo????
É mostrar o menor que foi abusado ou explorado sexualmente por seus entes, que deveriam ser queridos????
É mostrar um homem decapitado por uma escavadeira depois de um soterramento????
É usar linguagem coloquial para não dizer suburbana????
É mostrar a expressão cultural e social dos marginalizados que proliferam nas regiões periféricas????
Eu acho que o papel do jornalismo é esse mesmo, mostrar indistintamente a realidade como ela é, sendo que a forma e horários devam ser repensados. Um exemplo pessoal: sou fumante, mas acho uma violência absurda as fotografias expostas numa carteira de cigarros. Alguns podem alegar: -mas é isso que causa o uso prolongado. Discordo, aqueles são casos extremos e que não representam 10% dos fumantes. Será que uma criança nunca viu aquelas fotos de um feto deformado em uma carteira de cigarro?
Mas não esqueçam que o verdadeiro sensor somos nós mesmos, é só mudar o canal, deixar de assistir, não podemos aceitar afirmações como: armas são prejudiciais a sociedade; a culpa do tráfico e da violência gerada são dos consumidores de drogas etc. Estas afirmações atacam o problema superficialmente, não resolvendo de forma efetiva.
Não podemos negar a tecnologia e seus avanços, elas existem e devem ser usadas e exploradas da melhor maneira possÃvel. Devemos nos adaptar as novas realidades e desafios impostos pelo o que muitos chamam de evolução.
Não podemos esquecer que nós humanos temos o livre arbÃtrio e nós temos o poder de criar ou destruir através de nossos recursos tecnológicos independente da área de sua utilização.
rac
rac, discordo totoalmente de seu cometário, exeto na parte que você diz que existe um aparelhinho que se chama controle remoto que nos dá a opção de mudar de canal, embora em muitas famÃlias nem sempre os responsáveis pela casa estão no horário desses programas. Mas tenha certeza que defenderei até à morte o seu direito de se expressar.
ResponderExcluirBem, reafirmo que os horários devam realmente ser repensados e em alguns casos até a forma de condução deva ser revista.
ResponderExcluirMas também não podemos achar que a responsabilidade do que é visto ou encontrado em nossa própria casa seja de algum organismo público.
Se crianças ficam sozinhas em suas próprias residências sem um acompanhamento adequado e tem acesso a um aparelho tecnológico, seja ele qual for, televisão ou uma arma de fogo, a responsabilidade também é do poder público????
Acho sim que os pais devem controlar seus filhos e se não tem dinheiro de prover a segurança, saúde e educação num PaÃs capitalista e que notadamente é amparado pelo descaso daqueles que deveriam gerir, deveriam se precaver melhor e não sair reproduzindo em nome de Deus ou alegando que é mais uma etapa da vida ou ainda, que para se realizar como humano é necessário procriar sem avaliar as conseqüências, a realidade a sua volta.
Lembrem-se, os tempos são outros, os valores mudaram, a tecnologia desenvolve-se e nossas atitudes devem acompanhar está mutação, sem esquecer o passado, e buscando na história erros e acertos para um futuro melhor. Não podemos atacar novos problemas com soluções de 30, 50 ou 100 anos atrás. Lembro-me bem, fui obrigado pela famÃlia a freqüentar a igreja batista na infância, nada de errado e até agradeço por mais esta experiência, mas um fato me marcou muito naquela época (1985 a 1987), o heavy metal(estilo de música, rock roll pesado) era considerado pela aquela igreja coisa de adoração do demônio, hoje, mais de vinte anos depois me deparo com a mesma igreja no mesmo lugar louvando ao senhor mais em ritmo de heavy metal, quem sabe eles descobriram tarde demais o que é bom de verdade, rsrsrrsrsrs. Ah meus discos de heavy metal foram jogados fora por minha Vó, mas depois refiz a coleção toda novamente. rsrsrsrsrrss
Agradeço poder expor o que penso, mesmo sabendo que sou a minoria. Mas não posso concordar com estas atitudes, volto a reafirmar superficiais.
rac
Olha Rac, você não é minoria é maioria, as audiências desse programas bombam.Eu não acho que deve se esconder a realidade, a informação deve ser dada com isenção, o que questiono é se precisa mesmo exibir pessoas drogadas, cadaveres mutilados, etc.Mas tem muita gente que gosta e se nutre da desgraça alheia, fazer o que?
ResponderExcluirGrande abraço e continue dando suas opiniões elas ajudam a esquentar o debate.
Não esqueça que sadismo e masoquismo são pré-disposições humanas e que é evidente em alguns grupos sociais. Temos também a forma de expressão tribal, caracterÃstica básica onde a educação e valores sociais ainda não foram empregados.
ResponderExcluirSerá que estes grupos também não merecem uma programação de acordo com seus interesses?
Apesar de minhas afirmações, não comungo destes valores.
rac