A Prefeitura que já anda devagar quase parando começa a semana com mais uma paralisação de 72 horas .A decisão foi tomada pelos servidores hoje(8) pela manhã durante assembléia, seguida de passeata dos Barris até a estação da Lapa. A categoria reivindica reajuste salarial de 50%,(uma reivindicação que convenhamos não tem a mÃnima possibilidade de ser atendida), plano de cargos e salários, plano de saúde e melhores condições de trabalho. Os servidores se queixam que a Prefeitura não entrou em contato com os lÃderes do movimento para negociação. Estão paralisadas a Sucom, Sesp, SMA, Sucop, Seplag, Transalvador, Salvamar e Guarda Municipal, apenas preservando o atendimento nos postos de saúde( que já é precário com todos trabalhando), combate à endemias, Samu e Codesal.
Enquanto isso os professores da rede municipal, estão completando três semanas de greve. Eles também reclamam reajuste salarial e um plano de saúde para a categoria, que tem penado nas portas dos hospitais quando precisa de serviço médico. Amanhã( terça-feira) eles fazem uma nova assembléia para analisar a proposta do Executivo de formação de uma comissão, para, num prazo de 90 dias, apresentar uma alternativa para a questão da saúde. Essa proposta no entanto esbarra na falta de confiança da categoria, tendo em vista que a mesma promessa foi feita no ano passado, durante a negociação salarial e não foi cumprida. Como educação nunca foi mesmo prioridade dos governos, não será surpresa a continuidade do movimento por falta de proposta.
O pior da queda de braço entre empregados e patrões é que, não se chegando a um acordo na mesa de negociações, o passo imediato é uma manifestação na via publica , uma passeata ! E aÃ, é a ostra que paga o pato! Quero dizer. É aquele velho ditado: na briga do mar e do rochedo, quem paga o pato , é a ostra ( leia, o povo ) ! O que significa: manifestação em via pública, parando o tráfego e a movimentação de boa parte da cidade, com o prejuÃzo evidente da população , que tem os seus interesses prejudicados , embora bem pouco tenha a ver com o assunto, ou quase nada . É preciso que se encontre um meio para se chegar a um final que respeite os direitos do povo de ir e vir no momento que desejar e bem entender cuidando das suas necessidades e obrigações. Deve haver um local onde as manifestação possam ser permitidas e realizadas.O que não pode , é paralizar parcialmente a cidade. Por que não , bem na porta da Prefeitura azucrinando a paciência do prefeito e dos seus auxiliares mais diretos , ou no CAB, em frente à Governadoria , se for o caso ? Se havia algo programado para hoje, não vai dar certo. A cidade já está um caos por causa da chuva que cai ininterruptamente desde ontem à noite !
ResponderExcluirSr. Sarnelli, concordo com você no direito a mobilização, mas discordo quando você diz que nada tem a ver com a referida mobilização e suas sugestões dos locais onde devem ocorrer.
ResponderExcluirAcredito que seja por causa desta idéia, que ainda, nós, o povo, não obtivemos grandes resultados em relação ao desenvolvimento social, que é bem verdade, são do estado mas não esqueçamos, iniciam de nós, o povo, independente de sua posição socio-cultural-financeira, pois nós, o povo, ainda quando funcionários públicos somos o POVO (mas não é bem isso que muitos dos atuais servidores públicos acham).
Em relação aos locais, você realmente acredita que quando houver mobilização de longa duração (72h mÃnimo) o Prefeito, Governador ou seus nomeados estarão ou ficarão lá para nos ouvir? Acho que só restariam os servidores concursados e olhe lá.
E outra, as mobilizações são isoladas, infelizmente, e por isso, frágeis e passiveis de resultados ultrajantes e deploráveis. Se realmente houvesse uma mobilização coordenada de todos os setores, inclusive o Senhor e sua categoria, como aposentado(pois acho que deva enfrentar dificuldades e desrespeitos nesta classe como em qualquer outra), podÃams com toda a certeza alcançar resultados muito mais expressivos.
Mas... será porquê isso nos parece tão utópico??
Somos usuários direta ou indiretamente dos serviços ou produtos de todos os grevistas. Se soubéssemos cobrar efetivamente, com toda certeza não darÃamos vazão a irracionalidades como a greve.
A greve por si só, é a aceitação de que nossos direitos possam ser infringidos.
Quando deverÃamos lutar unidos(todas as classes, mobilização total) para que todos nosssos direitos sejam garantidos e respeitados, lutamos entre si para fortalecer aqueles que aproveitam para enriquecer as nossas custas de forma ilÃcita ou amoral.
Pok ,apreciei o seu comentário e lhe agradeço por ele. O meu texto nasceu de uma ótica diferente da sua , mas estou aproveitando o seu modo de ver as coisas para reavaliar o meu conceito , focando o assunto de outro ângulo .É algo que me interessa estudar. Na verdade, respondendo a uma sua pergunta, devo lhe dizer que , reconheço que os locais por mim citados não são mesmo os ideais...
ResponderExcluirA questão é muito complicada se formos vê-la com muita profundidade. Você menciona o fato de que os movimentos acontecem isoladamente e por isso são frágeis ,o que proporciona resultados insatisfatórios e ainda faz outras considerações .Valeu !
Para citar só um exemplo, que nós, o povo, representados por classes, devemos tornar unÃssono nossos discursos e anseios , destaco o link abaixo.
ResponderExcluirAté a magistratura percebeu que unindo suas representações os resultados serão mais efetivos.
O que estamos esperando?
http://www.bahianoticias.com.br/justica/noticias/2009/06/18/38370,entidades-de-classe-unidas-na-defesa-da-magistratura.html