Caramuru ficou de fora da palestra de Tasso

Caramuru ,o que não é foguete, deu chabu. A
palestra que o jornalista Tasso Franco fez hoje à tarde na Biblioteca Juracy Magalhães ficou restrita ao tema relacionado às principais dificuldades enfrentadas pelos autores para a publicação e distribuição de livros. Infelizmente, quando cheguei, debate já havia terminado mas fui informada que o assunto Caramuru não chegou a ser abordado. Mesmo assim, conversei rapidamente com o palestrante sobre as razões que o levaram a desqualificar a iniciativa de setores do bairro que relacionam a chegada de Caramuru à “fundação” do Rio Vermelho.
Tasso reafirmou que não existe nenhuma prova de que Diogo Alvores Correia chegou ao Rio Vermelho depois de um naufrágio e muito menos que foi salvo dos índios quando disparou um tiro . Segundo ele, essa é a lenda mais fantásticas do Brasil e foi idealizada por um frei agostinho brasileiro, José de Santa Rita Durão no século XVIII, para dar vida a um episodio que estava no imaginário da Igreja. Voltou a insistir que não tem sentido o Memorial no Rio Vermelho, primeiro, porque Caramuru viveu nas imediações da Graça e segundo porque não tem nada de documentos ou de peças relacionas a ele para se colocar no memorial . Disse que os únicos documentos que existentes são a certidão de batismo de Catarina Paraguaçu e um outro de doação de terras. Para completar o nosso papo, ele me ofereceu o livro de sua autoria “A lenda de Caramuru”, que ainda não li, mas o farei, e posteriormente emitirei minha opinião.

A palestra de Tasso Franco fez arte da programação do 41º Aniversário da Biblioteca Juracy Magalhães Jr, no Rio Vermelho. De acordo com o jornalista a produção literária baiana minguou de tal forma que, há mais de 30 anos, ninguém pontua entre os autores mais vendidos do país. "Vivemos num círculo sem saída com pequenas tiragens atuando sem perspectivas e sem motivações", frisou