Os estudos constataram contaminações diversas. As águas das chuvas arrastam para o aquífero freático da capital, substâncias químicas como amônia e ortofosfatos presentes em produtos utilizados pela população como saponáceos (da natureza do sabão), detergentes e inseticidas. Em poços próximos a postos de gasolinas, oficinas e garagens de ônibus, foram encontrados hidrocarbonetos de petróleo (benzeno, tolueno, etilbenzeno, xileno e hidrocarbonetos poliaromáticos).
Além disso, de acordo com as análises feitas por instituições como o Ceped, Senai/Cetind e pelo laboratório da Embasa a maioria destes poços contaminam por matéria orgânica, alcançando índices que extrapolam os limites de potabilidade da água. A formação geológica de Salvador permite acomodação de água próxima a superfície.
A legislação determina que as águas de poços artesianos não podem ser interligadas à rede pública, nem serem misturadas à água tratada em reservatórios. Os riscos estendem-se a todas as áreas urbanas do estado, por isso não é recomendado o uso de poços rasos, cacimbas e fontes.
Para quem deseja utilizar a água com economia e sem desperdício a Embasa recomenda a utilização da medição individualizada em prédios e condomínios, assim, quem consome mais paga mais.
O professor Sérgio Augusto de Morais Nascimento, do Instituto de Geociências da Ufba, publicou estudo da Qualidade da Água do Aquífero Freático nas Bacias dos Rios Lucaia e Baixo Camurujipe (informa a assessoria da Embasa).