Fechar áreas públicas no Rio Vermelho está virando moda. Agora é um hotel 5 estrelas que está querendo colocar uma guarita na entrada da rua Fonte do Boi (uma das mais tradicionais do bairro) para impedir a circulação de veÃculos e restringir o acesso de pessoas não autorizadas (por eles). Para atingir esse objetivo está promovendo reuniões com outros hotéis da área, comerciantes e associações que dizem representar os moradores. Esse hotel – que já invadiu vários trechos do entorno – melhor faria se cuidasse do esgoto sem tratamento que joga diariamente no mar. Eu só espero que meus amigos da AMARV não apóiem idéia tão estapafúrdia.
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Em terra de cego quem tem um olho é rei.
ResponderExcluirO que acho é que temos que dar nomes aos bois, para podermos cobrar explicações e responsabilidades, por exemplo:
Hotel 5 estrelas? Qual o nome do Hotel?
Supostas representações dos moradores? Quais? A Amarv está participando destas?
Qualquer semelhança é mera coincidência... se o preposto católico no bairro fez, porque outros ramos de negocio com o intuito de acúmulo de riquezas não podem?
Caro RAC: Assim como em terra de cego quem tem um olho é rei, para bom entendedor meia palavra bas... No meu entendimento não é importante o nome do hotel (embora não seja difÃcil deduzir quem é) e sim um aviso para os moradores do bairro ficarem atentos se é que querem continuar transitando na referida rua sem ter o constrangimento de um "segurança" perguntar prá onde vai. De qualquer maneira não se apoquente porque assim que eu souber mais detalhes vou postar aqui, inclusive dando nome aos bois.
ResponderExcluirEu acho que se voc~es querem denunciar uma situação tem que dizer o nome sim, essa coisa de que um passarinho me contou está por fora.
ResponderExcluirPois eu - quando o passarinho me contar alguma coisa - vou continuar postando aqui, mesmo desagradando a alguns.
ResponderExcluirE por falar em passarinho... vai aà a letra de “Bom Tempo” para os leitores de bom gosto recordarem.
ResponderExcluirBOM TEMPO
(Chico Buarque de Holanda)
Um marinheiro me contou
Que a boa brisa lhe soprou
Que vem aà bom tempo
O pescador me confirmou
Que o passarinho lhe cantou
Que vem aà bom tempo
Dou duro toda semana
Senão pergunte à Joana
Que não me deixa mentir
Mas, finalmente é domingo
Naturalmente, me vingo
Eu vou me espalhar por aÃ
No compasso do samba
Eu disfarço o cansaço
Joana debaixo do braço
Carregadinha de amor
Vou que vou
Pela estrada que dá numa praia dourada
Que dá num tal de fazer nada
Como a natureza mandou
Vou
Satisfeito, a alegria batendo no peito
O radinho contando direito
A vitória do meu tricolor
Vou que vou
Lá no alto
O sol quente me leva num salto
Pro lado contrário do asfalto
Pro lado contrário da dor
Um marinheiro me contou
Que a boa brisa lhe soprou
Que vem aà bom tempo
Um pescador me confirmou
Que um passarinho lhe cantou
Que vem aà bom tempo
Ando cansado da lida
Preocupada, corrida, surrada, batida
Dos dias meus
Mas uma vez na vida
Eu vou viver a vida
Que eu pedi a Deus.
Você se acha muito engraçado mas comunicação é coisa séria. Dar publicidade a qualquer assunto só por ouvi falar, não é informação, é fofoca.
ResponderExcluirSOBRE BOATOS
ResponderExcluir(Por Eni P. Orlandi)
Os boatos são gestos de interpretação como todos os outros que fazemos para que o mundo faça sentido. Vamos tentar aqui entender sua natureza e seu funcionamento. Digamos que o boato é um balão de ensaio: tentativas de interpretação "atiradas" na direção de um fato. Com ou sem sucesso, essas tentativas são tentativas de versões, buscando atingir uma verdade. Atingir nos vários sentidos: estabelecer ou desestabilizar. O boato é uma arma tanto para a dominação como para a resistência. Tecnicamente, ele tem a ver com a relação – sempre incompleta e em movimento – do fato com a linguagem. E tem a ver, assim, com a tal "objetividade", tão cara à mÃdia, à opinião pública, ao cientista. O que o boato mostra, no discurso social, disponÃvel para a coletividade pública, é que "onde há fumaça há fogo". Estamos assim lidando na margem tênue entre o que se diz e o que não se diz, com aquilo que vem por tradição, o saber ancestral, proverbial: "Todo boato tem um fundo de verdade."
Essa é a tipica polêmica sem sentido. O recado foi dado.
ResponderExcluirO assunto desviou para algo que eu julgo importante: a natureza da informação. Estamos alertando para o perigo de fechamento de mais um espaço público ou apenas fofocando? Não acho que é uma polêmica sem sentido
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