Rio Vermelho vira alvo de bandidos; roubo em pizzaria e em temakeria
Victor Uchôa
Redação CORREIO
Douglas Pereira faz há três anos a segurança da pizzaria Piola, no Rio Vermelho. Calejado na função, o rapaz viveu ontem situação inédita: com uma pistola apontada para seu corpo, foi obrigado a guiar um assaltante até o escritório do restaurante, que fica na rua Conselheiro Pedro Luiz.
“Ele só dizia pra eu ficar tranquilo. Queria o dinheiro, mas disse que, se não tivesse,o bicho ia pegar”, contou Douglas, aliviado depois do susto. O assalto à Piola ocorreu na tarde de ontem, fechando uma sequência de ações criminosas que, se virarem moda, podem fazer o Rio Vermelho passar de bairro mais boêmio da cidade para bairro da boemia mais perigosa.
Acompanhe: às 20h30 de domingo, quatro homens armados invadiram a temakeria Barthô, na travessa Bartholomeu de Gusmão, na Praia da Paciência. Dos 30 clientes que estavam no local, seis tiveram que passar pertences como carteiras e celulares. Já na madrugada de ontem, três bandidos renderam o vigilante do Bompreço da rua Oswaldo Cruz. Por mais de uma hora, tentaram abrir o caixa eletrônico do Unibanco com um maçarico, mas fugiram sem o dinheiro.
Com o dia claro, o alvo foi a farmácia Pague Menos, na mesma rua do mercado. Dois criminosos raparam o caixa. Então, os trabalhos foram encerrados na Piola, sem contar os três roubos a transeuntes registrados até o inÃcio da noite de ontem na 7ª Delegacia.
“Não acho que isso vai afastar os clientes. A culpa não é do estabelecimento. Temos vigilantes, mas pela segurança dos próprios clientes eles não ficam armados”, diz Daniel Porto,umdos donos da temakeria Barthô. Para o empresário, o problema é bemmaior: “Não tem mais essa de o alvo ser o restaurante. É falta de segurança pública, em todo canto”.
MEDO
A publicitária Karina Miranda foi uma das vÃtimas do assalto ao Barthô. Ela estava com uma amiga quando os bandidos invadiram o local. “Achei eles muito profissionais. Sabiam exatamente o que fazer”, contou. Um dos criminosos entrou pela porta da cozinha e rendeu o vigilante.
Outros três chegaram pela frente e foram para as mesas.“Não venho mais ao Rio Vermelho. Adoro bares na rua, mas tenho medo”, diz ela, que perdeu a bolsa com os pertences. Sem levar nada da temakeria, os ladrões fugiram em direção à avenida Garibaldi.
Na Piola, dois homens renderam a funcionária do caixa e o segurança Douglas antes de levar o dinheiro. A quantia não foi revelada. “Sorte que não tinha cliente.O jeito é rezar para a polÃcia pegar esses bandidos”, diz Daniel Requião, dono da pizzaria.
Tenente diz que falta efetivo no bairro
O tenente André Prado, coordenador de policiamento da 12ª Companhia Independente da PolÃcia Militar, responsável pelo Rio Vermelho, não acha que o bairro virou alvo preferencial dos assaltantes. Para ele, o problema atinge toda a cidade.
“Os bandidos não têm mais uma zona de atuação especÃfica. Usamos as estatÃsticas. Se percebemos que uma área está mais visada, aumentamos o efetivo. Mas somos obrigados a tirar policiais de outras áreas. Falta é gente no bairro”, admite.
Na avaliação do tenente, os assaltos a bares e restaurantes do Rio Vermelho são até poucos, se levada em consideração a quantidade de estabelecimentos que o bairro abriga. “Foi uma coincidência dois assaltos em menos de 24 horas”, diz Prado.
A opinião é compartilhada pela titular da 7ª Delegacia, Maria Izabel Garrido. “Os problemas de verdade aqui são os assaltos a transeuntes, vários por dia, e o tráfico de drogas. Está demais. Já teve comerciante que veio pedir ajuda por causa da venda de drogas em sua loja”, conta. Segundo Garrido, que assumiu a delegacia há oito meses, os pontos de venda estão sendo mapeados pela polÃcia.
Outros três chegaram pela frente e foram para as mesas.“Não venho mais ao Rio Vermelho. Adoro bares na rua, mas tenho medo”, diz ela, que perdeu a bolsa com os pertences. Sem levar nada da temakeria, os ladrões fugiram em direção à avenida Garibaldi.
Na Piola, dois homens renderam a funcionária do caixa e o segurança Douglas antes de levar o dinheiro. A quantia não foi revelada. “Sorte que não tinha cliente.O jeito é rezar para a polÃcia pegar esses bandidos”, diz Daniel Requião, dono da pizzaria.
Tenente diz que falta efetivo no bairro
O tenente André Prado, coordenador de policiamento da 12ª Companhia Independente da PolÃcia Militar, responsável pelo Rio Vermelho, não acha que o bairro virou alvo preferencial dos assaltantes. Para ele, o problema atinge toda a cidade.
“Os bandidos não têm mais uma zona de atuação especÃfica. Usamos as estatÃsticas. Se percebemos que uma área está mais visada, aumentamos o efetivo. Mas somos obrigados a tirar policiais de outras áreas. Falta é gente no bairro”, admite.
Na avaliação do tenente, os assaltos a bares e restaurantes do Rio Vermelho são até poucos, se levada em consideração a quantidade de estabelecimentos que o bairro abriga. “Foi uma coincidência dois assaltos em menos de 24 horas”, diz Prado.
A opinião é compartilhada pela titular da 7ª Delegacia, Maria Izabel Garrido. “Os problemas de verdade aqui são os assaltos a transeuntes, vários por dia, e o tráfico de drogas. Está demais. Já teve comerciante que veio pedir ajuda por causa da venda de drogas em sua loja”, conta. Segundo Garrido, que assumiu a delegacia há oito meses, os pontos de venda estão sendo mapeados pela polÃcia.
Salve-se quem puder!!
ResponderExcluirOntem teve mais um assalto em uma produtora do Rio Vermelho, na Garibaldi, com porradaria e tudo, vi a reportágem na televisão.O Olodum estava até gravando no estúdio.
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