Hoje(7) a Lei Maria da Penha completa quatro anos. Um conquista real dos movimentos feministas e da sociedade, que passou a contar com uma lei de proteção às mulheres vítimas de violência domestica. Apesar disso ,ainda é assustador o número de mulher agredidas diariamente, e o mais grave, os atos de covardia, na maioria das vezes são cometidos por pessoas que vivem debaixo do mesmo teto, por aquelas que deveriam protegê-las. Desde que foi sancionada pelo Presidente Lula tem incentivado as vítimas de agressões a fazerem denúncias. De acordo com pesquisa divulgada na terça-feira pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, da Presidência da República de janeiro a julho deste ano, em comparação com os mesmos meses do ano passado houve uma alta de 112% no número de denuncias. Em números absolutos, São Paulo lidera o ranking com 47.107 atendimentos, seguido pela Bahia com 32.358. Em terceiro lugar aparece o Rio de Janeiro com 25.274 dos registros
Das pessoas que entraram em contato com o serviço, 14,7% disseram que a violência sofrida era exercida por ex-namorado ou ex-companheiro, 57,9% estão casadas ou em união estável e em 72,1% dos casos, as mulheres relatam que vivem junto com o agressor. Cerca de 39,6% declararam que sofrem violência desde o início da relação; 38% relataram que o tempo de vida conjugal é acima de 10 anos; e 57% sofrem violência diariamente. Em 50,3% dos casos, a mulheres dizem correr risco de morte. Os crimes de ameaça somados à lesão corporal representam cerca de 70,0% dos registros do Ligue 180. Dados da Segurança Pública também apontam estes dois crimes como os de maior incidência nas Delegacias. O percentual de mulheres que declaram não depender financeiramente do agressor é de 69,7%. Os números mostram que 68,1% dos filhos presenciam a violência e 16,2% sofrem violência junto com a mãe. Uma tristeza!