Exclusivo: Presidente da Colônia de Pesca Z1, conta tudo sobre o presente principal de Iemanjá que não chegou

Parte I


Branco, presidente da Colônia de Pesca Z1
Primeiramente agradeço a todos que vieram prestar a sua solidariedade, de fato, como disse João Batista, esta é sem dúvida uma situação absurda e inadmissível, concordamos todos, todavia, necessário se faz, alguns esclarecimentos sobre todos os acontecimentos que derivaram o ocorrido.

Conhecemos este pilantra através de amigos próximos, e examinamos obviamente todo seu trabalho e portfólio na WEB, e realmente, o mesmo talento que lhe foi atribuído para as artes plásticas, igualmente foi desenvolvido para as práticas criminosas. Este meliante tem a capacidade de criar obras, notadamente bustos, com a perfeição de um grande mestre.

Depois de uma análise apurada, e seduzidos pelas argumentações do elemento, resolvemos contratá-lo formalmente, para ser o executor, (alternativo, pois quem seria o artista a realizar o presente de Yemanjá 2011, seria "Zé Coió", grande artesão que por muitos anos trabalhou com o reconhecido artista Tati Moreno, inclusive na confecção de grande parte das esculturas dos orixás do Dique do Tororó, e que por impossibilidade, em função de dois derrames sucessivos, não mais poderia trabalhar), do presente de Yemanjá 2011, que seria uma grande concha entre aberta, contendo no seu interior uma pérola de dimensões proporcionais.

Fizemos o esboço, e concordamos que seria uma grande homenagem, do tamanho e proporções que nossa Yemanjá merecia, pensávamos em não poupar recursos, pois a homenageada era destinada à nossa mãe, e a ela, não mediria esforços. Entretanto, se fazia necessário a concordância de Mãe Aice, somente após esta consulta, e sendo ela afirmativa assinaríamos o contrato. Aice depois de consulta aos búzios posicionou-se de acordo, de modo que, após as prerrogativas preliminares, nada impediria a parceria com o mesmo.

Acionamos nosso escritório de advocacia, para formulação do contrato, salientando a preocupação com os prazos de confecção e entrega da escultura, argumentando que esta era de fato, nossa maior preocupação. Compramos todos os materiais requisitados, inclusive achando exagerado, porém como não somos especialistas, fomos atendendo todos os pedidos acreditando serem necessário para uma obra de tamanha magnitude. Contudo, após o elemento mudar-se de endereço, começamos a ter a maior dificuldade em contatá-lo, provavelmente mais um dos seus artifícios da sua mente ardil e criminosa para concretizar o seu plano.

PARTE II


Uma estátua de Iemanjá foi entregue como presente principal
Sistematicamente ele argumentava por telefone que seria necessário fazer diversas viagens a São Paulo por questões de problemas familiares, alegando que sua mãe estava passando por graves problemas de saúde, e que por tais motivos, naquele momento não tínhamos condições de acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos de confecção.

Com tal argumento, ele mataria dois coelhos com uma só cajadada, me impossibilitaria de ver se os trabalhos estariam realmente sendo executados, e pedir-me-ia sucessivos depósitos na sua conta corrente para viagens. Ora, preocupado com o estado de saúde da sua mãe, e conseqüentemente com o seu próprio estado emocional, depositávamos os recursos solicitados, acreditando que se tratar de um fato real.

Algum tempo depois, quando ele retornava das supostas viagens, mantivemos contatos solicitando acompanhamento da obra, porém, a argumentação foi mais criminosa, ele disse-me que dessa vez a mãe morreu, e que seria necessário uma nova viagem, conseqüentemente, pedindo mais recursos.

Perceba a mente deste vagabundo, todas as suas ações, foram deliberadas, sem nenhuma intenção de executar o contratado, e com a única finalidade do golpe. Na verdade, não sabemos se ele realmente tem mãe, e se tem se de fato estava doente, porém fomos à delegacia ontem, 04/02, para prestar queixa crime na modalidade de estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal, porém, a Delegada Titular da 7ª DP, Dra. Maria Isabel Garrido, nos informou que para enquadrá-lo seria necessário que pelo menos quatro pessoas tivessem sofrido por ele, o mesmo golpe. Pedi-lhe que fizesse um levantamento em São Paulo da sua ficha para investigar se conta alguma queixa, todavia, o sistema naquele momento estava fora do ar e ficamos de retornar na segunda-feira para investigar. Até o presente só temos conhecimento que Alberto Magno de Freitas, proprietário da boate Borracharia também foi lesado pelo meliante em $300,00, pago para confeccionar uma escultura de Yemanjá no estabelecimento, compromisso este que o mesmo não cumpriu. Já no início da semana estaremos entrando na justiça pedindo ressarcimento dos valores pagos devidamente corrigidos e indenização por danos morais.

Também temos informações que o mesmo tem contrato com as Obras Sociais de Irmã Dulce, e prontamente estaremos entrando em contato com seus dirigentes no sentido de alertá-los. De modo que, não deixaremos que este criminoso fique impune.

Branco- Presidente da Colônia de Pesca Z1
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4 Comentários
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  1. Vou aguardar a parte IIa. - Já prestei a minha solidariedade à Branco e ele sabe que conta comigo , desde que, dentro das minhas possibilidades atuais.

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  2. A situação anda tão cótica que até Iemanjá está levando calotes, mas como disse Pino hoje pela manhã, não foi Branco que tomou calote, o golpe foi em todos os devotos de Iemanjá.

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  3. Só queria saber de onde a delegada tirou essa lei que diz ser necessário quatro pessoas sofrerem o golpe para só assim enquadrar o sujeito, será preciso então que ele aplique o golpe em mais duas pessoas? Fica dificil para um leigo entender.

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  4. Mais quem sofreu o golpe não foi somente quatro pessoas e sim , 4 mil pessoas ou mais. Sabemos todos que para formar uma QUADRILHA são nescessários no mínimo 4 pessoas e aí sim, será que não existe uma neste ramo artístico???

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