O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deve ajuizar nos próximos dias as primeiras ações para o pagamento de indenizações a vítimas de acidentes de trânsito pelos motoristas infratores. A ideia é que eles tenham que arcar com os custos de auxílio-doença ou pensão por morte, por exemplo, informou hoje (28) o presidente da autarquia, Mauro Hauschild
De acordo com ele, a Advocacia-Geral da União (AGU) estuda a forma como será feita a cobrança. Segundo Hauschild, atualmente, o INSS gasta R$ 8 bilhões por ano com as despesas decorrentes de acidentes de trânsito. "Não é justo para a sociedade que o INSS, que arca com pesado déficit de suas contas para dar garantias aos segurados, tenha que custear essas despesas, causadas pela má conduta de motoristas que dirigem embriagados, em alta velocidade, provocando graves acidentes com vítimas, ou que trafegam na contramão.”
O presidente do INSS espera que o trabalho envolva a parceria do Ministério Público, da Polícia Rodoviária Federal, dos departamentos de Trânsito estaduais (Detrans), entre outros, para que os processos sejam bem embasados.
"Não se trata de sair procurando quaisquer acidentes culposos [para responsabilizar motoristas]. Não vamos nos aventurar a expor as pessoas a situações desnecessárias", ressaltou ele, em entrevista ao programa Brasil em Pauta, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.
O presidente do INSS observou que "essa transferência de responsabilização” já vem ocorrendo em situações envolvendo empresas que, por inobservância da lei, expõem empregados a riscos, acarretando mortes e lesões. Segundo ele, o instituto vem ganhando causas desse tipo, o que também deverá ocorrer no caso de motoristas que provocam acidentes de trânsito com vítimas.
Hauschild destacou que a medida terá caráter educativo, assim como a Lei Seca, que estabeleceu sanções como o pagamento de multa, a suspensão da carteira de habilitação e a prisão, para o motorista que é flagrado dirigindo embriagado. "As causas provocadas por irresponsabilidade, com certeza, têm que ser custeadas por quem assumir o risco de provocar mortes ou lesões", defendeu. (publicado em A Tarde)
Se essa medida for adotada mesmo, com certeza vai diminuir muito a irresponsabilidade no transito. Os valentões do volante pansarão duas vezes antes de sair por ai pilotando carro como se estivesse em pistas de corrida.
ResponderExcluirConcordo consigo Carmela. Esse assunto tem variadíssimos aspectos mas a medida tem que ter uma ampla divulgação , para que , depois, digam: ah, e não sabia... É preciso que os motoristas tenham medo, verdadeiro pavor , de se envolver num acidente que cause vítimas , o que, em certos casos , a depender dos danos causados às vítimas, lhes causaria problemas seríssimos ... Como nós vimos, aquela história de reciclagem de motoristas não resolveu coisa alguma. Eles vão lá, fazem o curso, pegam a carteira e saem fazendo as mesmas misérias de sempre. Como eu já disse, esta semana quase fui atropelado por uma moto na esquina da Cons.Pedro Luiz e José Taboada. Trafegando na contra-mão, em cima do passeio , o motoqueiro se defrontou comigo , que caminhava totalmente despreocupado e não havia espaço para fuga, porque bem ali na curva, há um poste...
ResponderExcluirAí ideia de punir no bolso tem o seu valor. Mas infelizmente algumas pessoas não estão vendo o mal maior que isso acarretará. Já é grande o número de acidentes aonde o condutor do veículo foge e não presta o devido socorro, agora imaginem ele sabendo que se parar para dar o socorro vai ser obrigado a pagar por isso, aí mesmo é que ninguém vai mais socorrer ninguém.
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