No carnaval deste ano, a produtora Premium Produções, proprietária do Camarote Salvador, fez uma parceria com a Prefeitura em que se comprometeu a reformar a Praça da Ondina, desde que instalasse naquele espaço público sua estrutura pré-moldada para o período da folia momesca. Devidamente requalificada, a praça foi devolvida aos soteropolitanos e seis comerciantes (quatro vendedores de coco, uma banca de revistas e outra de lanches) em agosto deste ano. Agora, quatro meses depois, a empresa quer o espaço de volta. Notificou os comerciantes que no dia 5 de dezembro começa a montagem do camarote. O administrador da Premium Produções, Luís Mendes, em entrevista ao A Tarde disse que o termo de acordo e compromisso firmado entre a empresa, comerciantes e a Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom) prevê prazo de 90 dias antes do início do Carnaval para liberação da praça. O órgão municipal, entretanto, fala em um prazo de “até 60 dias antes do Carnaval”, após “a devida aprovação do projeto de instalação das estruturas do camarote”. A festa começa no dia 21 de fevereiro de 2012.( informa Bahia Noticias)
A Praça de Ondina não é mais do povo
novembro 30, 2011
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Isso estava escrito nas estrelas. Só o próximo prefeito para acabar "com o que acontece nos subterrâneos do palácio Tomé de Souza" (tomei emprestada a frase da dep. Maria Luiza). Se ele (o próximo prefeito) quiser, é claro.
ResponderExcluirMANIFESTAÇÃO PÚBLICA: LIBERDADE PARA PRAÇA!
ResponderExcluirA praça é publica!
Direito constitucional!
Espaço de lazer!
Liberdade de ir e vir!
QUEREMOS
ACESSIBLIDADE;
FAIXA PARA PEDESTRES;
USO PÚBLICO E MANUTENÇÃO DOS BANHEIROS;
SEGURANÇA PÚBLICA;
CRIAÇÃO DE ÁREA VERDE;
REVITALIZAÇÃO DA PRAÇA VIZINHA;
MESAS E BANCOS PUBLICOS;
RESGATE AO ANFITEATRO;
RETIRADA DOS CANAIS DE ESGOTO DA PRAIA.
HISTÓRICO
Em Salvador a cultura vem se perdendo através de uma política pública excludente. Ondina, no início dos anos 80, foi montado, na Praia de Ondina, uma imensa lona de circo que se apresentava na arena, hoje é uma quadra de futebol; ali também nasceu a Escola Picolino de Artes do Circo em setembro de 1985 criado por Anselmo Serrat e Verônica Tamaoki. Nessa arena aconteciam apresentações de peças teatrais, shows de música dos mais variados estilos, a apresentação da Orquestra do grande Maestro Vivaldo Conceição dançava-se a noite inteira na espera do próximo sábado.
MANIFESTO: "LIBERDADE PARA PRAÇA!"
Privatizar espaços públicos gera exclusão ao restringir as áreas de lazer da população. Contestamos o modelo de organização social que nega os direito constitucional de garantir espaços públicos com livre acesso de ir e vir, em detrimento de privilégios privados. Nesse contexto, constatamos políticas públicas que enclausuram a população e não investe em mobilidade urbana, deixando a cidade asfixiada.
Foi realizada uma licitação pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) que disponibilizou a área de 9 mil m² onde será montado o "Camarote Salvador" - circuito Barra/Ondina- pela empresa Premium Produções, vencedora desta disputa. A licitação iniciou-se em 2010 com término em 2015, nesse período de cinco anos, a praça de Ondina, reformada com bancos e estruturas removíveis, sem árvores para facilitar a instalação dos camarotes. Portanto, priva o público de seus espaço para convívio e lazer.
A apropriação do espaço público pela esfera privada nos força a realizar o debate público e uma genuína manifestação popular que contesta o carnaval baiano que beneficia somente grupos empresarias e faz de áreas públicas eventos comerciais privados e excludentes. Portanto o movimento pretende fazer cumprir a função legítima da praça de Ondina como espaço público para as comunidades no entorno de Ondina como a do São Lázaro, Calabar, Alto de Ondina, Garcia, Federação, etc.
Só não ficou sabendo desse acordo quem não quis, foram feitas várias matérias sobre isso, incluive publicadas nesse Blog. O acordo assinado entra a empresa e prefeitura foi esse mesmo, a empresa faria a praça com o direito de usar o espaço por vários anos para explorar o camarote nos dias de Carnaval. O problema é que a população não se mobiliza, deixa a Prefeitura fazer o que quer e depois reclama.
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