A sessão do fórum “A Cidade que queremos”, que está sendo realizada essa noite no Teatro Vila Velha para debater a ocupação da praça de Ondina pelo Camarote Salvador, começou sem a presença do representante da empresa proprietária do empreendimento, a Premium Entretenimento, Luiz Mendes Júnior. O tema da sessão foi definido pelo movimento a partir de sugestão da empresa que, na última hora, encaminhou mensagem por e-mail aos organizadores alegando que, estando a questão judicializada “acreditamos que, em respeito ao Poder Judiciário, a sede do debate deve ser a própria Justiça”, afirma.
A judicialização do debate começou por iniciativa do próprio Camarote Salvador, quando ajuizou ação intimando a jornalista Nadja Vladi, arbitrariamente indicada pela empresa como líder do movimento, a suspender manifestação pública contra a ocupação da praça de Ondina, sob pena de prisão e multas diárias. Diante do crescimento do movimento Desocupa nos últimos dois meses, a empresa encaminhou mensagem por e-mail para um dos integrantes do movimento propondo um encontro para debater o assunto.
O movimento, em contrapartida, propôs que o debate fosse público, com a presença de autoridades e cidadãos interessados no assunto. Hoje à tarde, o representante da Premium desistiu de comparecer ao encontro.
Além da Premium, foram convidados representantes da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom), Secretaria de Patrimônio da União (SPU), Ministério Público do Estado da Bahia e Ministério Público Federal. Nenhuma das autoridades compareceu e não apresentaram justificativas.
O coordenador da mesa, professor Ordep Serra, depois de constatado que os convidados não estavam presentes lembrou “que o movimento está aberto ao diálogo. Diálogo não é conchavo, mas deve ser aberto e franco diante do público e das autoridades. Se não acontece não é por nossa vontade", afirmou.
A representante do Grupo de Trabalho de Análises Técnicas do Movimento, urbanista Glória Cecília Figueredo aproveitou a oportunidade para questionar a cessão da praça para a exploração comercial do camarote. "Uma coisa é privatizar o serviço de limpeza ou algum outro serviço público. Mas como privatizar uma praça, um bem de uso comum, que serviço a empresa presta ali para os cidadãos", protestou.
Ah tá, pensar que alguém iria aparecer é no mínimo ingênuo. Ainda mais em ano eleitoral com vários pré-candidatos em secretarias...cadeia nos Claudios de Jão...
ResponderExcluirSerá que alguém pensava que o pessoal no Camarote Salvador iria mesmo comparecer ao debate ? Que iria se expor num ambiente que lhe seria desfavorável ?
ResponderExcluirA ocupação da praça , da forma como aconteceu este ano , é um absurdo que só ocorre em Salvador , uma cidade desgovernada ... A turma que tira proveito disso , vai, certamente, insisitir... Não , à pretensão absurda e ilegal !
Se a decisão fica aos cuidados da Justiça, vamos esperar que ela seja realmente cega e que faça bom uso da balança ...
por incrivel que pareça ainda tenho muito que aprender, pois eu acreditei que eles iriam aparecer sim, mas este tipo de coisa é bom pra eu entender de uma vez por todas que os senhores do $$$ não vão nunca abrir mão do seu lucro a menos que a justiça assim o determine, mas como na bahia tudo é possivel... é bem provavél que isso fique como esta e os incomodados que se mudem.
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