As águas de março, como já cantou o poeta, chegam fechando o verão, e nenhuma solução para a cratera da Paciência. A terra já deslizou ao ponto do precipício ficar rente ao passeio. Certamente estão esperando acontecer uma tragédia para tomar providência, e a exemplo de outras, dirão que não sabiam de nada, que foi uma fatalidade. Até quando vamos conviver com essa falta de responsabilidade? Só Deus sabe.
A Mariquita, depois que o projeto megalomaníaco anunciado para o local foi barrado na justiça, largaram de mão, não se vê nenhum esforço para apressar a decisão e definir se o projeto vai continuar ou não. Até mesmo o monumento ao badalado Caramuru que seria colocado no local, não se ouve falar.
A prometida requalificação da área ficou apenas na intenção e o que se vê hoje é o esforço da Associação dos Permissionários do Mercado do Peixe para revitalizar a área com a realização de show a exemplo da ressaca do Carnaval e do São João, festa anunciada para o mês de junho.
A Praça do Padre, depois de inaugurada com pompas e circunstâncias, com direito a discursos e água benta, foi abandonada e atualmente são os guardadores de carro que ditam as regras de utilização do espaço. No entorno da Casa de Iemanjá continua a mesma esculhambação.
Os calçadões ocupados por carros, mesas cadeiras sem nenhuma disciplina. O mesmo problema se repete no Largo de Santana, onde à noite não é possível andar porque todo o espaço é utilizado pelos bares a restaurante. Nem os passeios são liberados, onde não tem mesas e cadeiras estão os ambulantes com isopor, tabuleiros , barracas e tudo que é tralha.
As obras de Bel Borba, próximo à quadra de esportes da Paciência, consolidaram-se mesmo como sanitário publico. Já que a Prefeitura acha que está certo, ao menos deveria mandar lavar o local diariamente o fedor de urina é insuportável, até porque, tem algumas pessoas que gostam dos trabalhos e param para fotografa, inclusive turistas. É triste constatar que entra ano e sai ano e os problemas consolidam-se e multiplicam-se no bairro mais charmoso e querido da cidade.