Até quando vai continuar essa esculhambação I?

Por Carmela Talento

  

 Por todo o Rio Vermelho não tem um passeio decente. Buracos, resto de entulho, poste no meio da calçada, hidrante, lixo, carros, batentes, obstáculos de toda a natureza revelam uma cidade sem fiscalização. Como se tudo isso não bastasse, passaram a construir passeios inclinados para permitir a entrada de veículos, dificultando ainda mais a acessibilidade. 

    

 Se para os jovens andar a pé está ficando uma tarefa cada dia mais complicada, para os idosos e pessoas portadores de deficiências, está ficando praticamente impossível. A Prefeitura, quando questionada, defende-se alegando que as calçadas são de responsabilidade dos proprietários, e que os mesmos são notificados. 

    

 Pode até ser, mas pelo visto não dão a mínima importância. Se isso não está funcionando, se a Prefeitura não tem capacidade para multar e cobrar dos infratores, por que não tenta modificar a estratégia? Por que não criar uma lei para dar desconto no IPTU para as residências que conservarem as calçadas? Alguma coisa precisa ser feita com urgência sob pena das pessoas não mais poderem circular pelo bairro à pé. 

  

 Bem que os nossos vereadores em lugar de perderem tempo conferindo honrarias a torta e a direita, poderiam se debruçar sobre as leis existentes, para fazer uma revisão ajudando a modernizar a gestão. Por outro lado, a Prefeitura também precisa rever a utilidade das administrações regionais, em tese, a proposta é boa, porque a cidade é muito grande e a AR seria um braço auxiliar da gestão nos bairros, mas na prática não funciona, ao menos a do Rio Vermelho não serve para nada.

  

 Nomeia-se um administrador ou administradora sem nenhuma identidade com a área, que nunca se vê sequer dando uma caminhada para ver o que está certo ou errado e vai ficando por isso mesmo. Não é possível que com tanta coisa errada o administrador não pode pegar o telefone e ligar para o órgão competente e cobrar uma providência. Se eu fosse indicada para um cargo e não me dessem as minimas condições para trabalhar, no dia seguinte pediria demissão.


 Mas, não, as pessoas dizem que não tem condições de trabalho e mesmo assim vão ficando nos cargos, enrolando os bestas. Enquanto a população não tomar as rédeas dessa situação e começar a cobrar com a firmeza necessária uma atitude diferente dos gestores, vamos continuar com esse jogo de faz de conta em todos os setores da administração pública.