Índice médio de infestação de dengue em Salvador: 2,1%
Santa Luzia (8,9%)
Calabetão (7,2%)
Boa Vista do Lobato (7%)
Boa Viagem (6,8%)
Bairro Machado (6,7%)
Porto Seco Pirajá (6,6%)
São Tomé (6,5%)
Alto do Cabrito (6,2%)
Ondina (6%)
Roma (5,9%)
Itacaranha (5,6%)
Bosque Real (5,5%)
Bom Juá (5,2%)
Canabrava (5%)
Stiep (4,7%)
Coroado (4,5%)
Brasil Gás (4,4%)
Caminho de Areia (4,4%)
Salvador é uma das 11 capitais do país em alerta para a dengue. Alem de Salvador, estão nessa condição Boa Vista, Manaus, Palmas, Fortaleza, São Luís, Aracaju, Goiânia, Campo Grande, Rio de Janeiro e Vitória. Os dados são do Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa), apresentado ontem pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pelo secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
Na capital baiana, segundo dados do Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti, 2,1% dos domicílios pesquisados apontaram a presença da larva do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. São considerados em alerta os municípios que apresentam infestação entre 1% e 3,9%.
Há ainda três capitais (Cuiabá, Rio Branco e Porto Velho), com índices acima de 4%, o que representa situação de risco para a doença.
O levantamento tem dados de 1.315 municípios e apontou ainda que o número de cidades em risco de epidemia de dengue mais que dobrou, passando de 77 em outubro/novembro de 2012 para 157 no levantamento feito entre outubro e novembro de 2013. Há ainda 525 municípios em alerta. Das cidades em risco, 125 (79,6%) estão no Nordeste.
Ontem, o ministro Alexandro Padilha assinou portaria autorizando o repasse de R$ 363,4 milhões para intensificar as ações de vigilância, prevenção e controle da dengue. Desse total, R$ 117 milhões serão para o Nordeste (R$ 29 milhões para a Bahia).
Bairros
Embora Salvador tenha índice médio de infestação de 2,1%, há bairros com Índice de Infestação Predial (IIP) com taxas que chegam a cinco vezes esse número, como é o caso do Largo do Tanque, recordista da cidade, onde 10,8% dos domicílios analisados acusaram a presença da larva do mosquito da dengue.
Além do Largo do Tanque, os bairros na faixa de risco, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, são: Santa Luzia (8,9%), Calabetão (7,2%), Boa Vista do Lobato (7%), Boa Viagem (6,8%), Bairro Machado (6,7%), Porto Seco Pirajá (6,6%), São Tomé (6,5%), Alto do Cabrito (6,2%), Ondina (6%) Roma (5,9%), Itacaranha (5,6%), Bosque Real (5,5%), Bom Juá (5,2%), Canabrava (5%), Stiep (4,7%), Coroado (4,5%), Brasil Gás (4,4%), Caminho de Areia (4,4%) — veja mapa.
Para o secretário da Saúde do Município, José Antônio Rodrigues, quatro distritos são os principais focos. “Os dois distritos mais graves são o de Valéria/São Caetano e o Subúrbio Ferroviário. Além desses, Boca do Rio e Itapuã estão entre as áreas com maior risco de epidemia”, disse. O secretário fez um apelo à população para manter hábitos de higiene adequados e tomar as precauções necessárias, como não deixar água parada a céu aberto. “O transmissor da dengue é um mosquito doméstico, então a colaboração da população é necessária”, alerta Rodrigues.
Amanhã (21), sexta (22) e sábado (23) serão retomados os mutirões de limpeza nos bairros de Bom Juá, Santa Luzia e Largo do Tanque, comunidades prioritárias.
Bahia
De acordo com o coordenador do Programa Estadual de Controle da Dengue, João Emanoel Araújo, 30,6% dos municípios baianos estão em situação de alto risco, 40,6% médio risco e 25,8% baixo risco.
“Esses levantamentos mais recentes possuem justamente a função de nortear as próximas ações contra a doença, mas é importante ressaltar que o combate à dengue precisa ser feito durante todo o ano”, explica Araújo.
A Bahia também teve uma queda no IIP, mas a redução não dá garantias contra surtos no futuro, especialmente no Verão. Feira de Santana, Teixeira de Freitas, Jequié, Itabuna, Guanambi, Ilhéus, Barreiras, Salvador, Brumado e Mucuri estão entre as cidades mais preocupantes. (Informações Correio 24h - Carmen Vasconcelos)
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