Biaggio nascido e criado no Rio Vermelho |
O livro mostra como, por conveniência, regras sagradas foram caindo para permitir a entrada dos pecadores no time dos homens probos e candidatos privilegiados à salvação. O autor analisou testamentos de senhores de engenho, mercadores de escravos e pessoas que emprestavam dinheiro que detalham o acerto do pagamento para celebração de missas incontáveis e sepultamentos em igrejas como parte da estratégia de salvação. Essa estratégia previa também, doação de grandes somas para obras beneficentes. É a devolução do “dinheiro da iniquidade” na hora da morte.
A Economia da Salvação mostra ainda como o universo funerário foi sendo afastada do convívio do homem do Ocidente, com a criação de um aparato cênico para transformar a morte numa cerimônia menos traumática com a ajuda, por exemplo, de cemitérios em formato de jardins agradáveis. O livro é encerrado com a entrevista do sociólogo francês Edgard Morin, autor de um dos principais estudos sobre o tema, O homem e a morte, que fala como o fenômeno evoluiu no mundo moderno desde a época em que ele escreveu seu livro na década de 1950.
O lançamento de A Economia da Salvação, (editado pelo Selo Primeira Edição, da Assembleia Legislativa da Bahia), será nessa terça, dia 28, às 19 horas na Livraria Cultura do Shopping Salvador.