CARTA ABERTA À COMUNIDADE DO RIO
VERMELHO
Em um
alvorecer de março de 2012, em frente a colônia de pesca do Rio Vermelho, o
Secretário Guilherme Bellintani, na época ocupando a pasta de desenvolvimento,
turismo e cultura acompanhado do Presidente da Fundação Gregório de Matos,
Fernando Guerreiro veio em busca de contato com a comunidade do Rio Vermelho
aos pés do seu mais emblemático cartão postal, A Casa de Yemanjá, onde
encontrou o Presidente da Colônia de Pesca, Marcos Santos Souza Branco e Lauro
Alves da Matta Junior, presidente da AMARV(Associação dos Moradores e Amigos do
Rio Vermelho).
A partir desta
semente, juntaram-se diversas outras entidades, seguiram-se oito reuniões
oficiais e um sem número de extra oficiais, em locais diversos, a exemplo de
caminhadas no bairro com seus representantes em conjunto com diversos secretários municipais mapeando asprincipais necessidades do bairro, no trecho entre o Largo da Mariquita e oLargo de Santana. Tudo isto foi noticiado no Blog do Rio Vermelho, veículo da
comunidade com mais de 1.000.000 de acessos contabilizados.
Participaram
destas reuniões as seguintes entidades:
· AMARV (Associação dos Moradores e Amigos do Rio Vermelho)
· Colônia de Pesca Z-1
· Conselho Social e de Segurança do Rio Vermelho e Ondina
· Blog do Rio Vermelho
· SHRBS (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares)
· Bairro Escola (Ong Cipó)
· Sociedade Cabaleros de Santiago
· 12º CIPM
· Associação dos Permissionários do Mercado Municipal do Rio Vermelho
· Associação dos Moradores da Rua da Fonte da Boi
· Associação dos Moradores da Rua do Barro Vermelho
· Associação dos Moradores do Alto de Ondina
· Grupo Bairro Conceito (Bares e Restaurantes)
· 7ª Delegacia
· Centro Social Monsenhor Amilcar Marques
· Centro Cultural Recreativo e Escola Bando Lero Lero
· Bloco Palhaços do Rio Vermelho
· Bloco Amigos do Rio Vermelho
Estas ocorreram em diversos locais do bairro, tais como:
· Conselho Paroquial da Igreja de Santana
· Bairro Escola (Ong Cipó)
· Restaurante Casa de Tereza
· Caballeros de Santiago
Nas últimas reuniões a Prefeitura apresentou o projeto inicial e abriu espaço para que as entidades apresentassem sugestões de mudanças. O Bairro escola e a AMARV formaram comissões com Arquitetos e engenheiros residentes no bairro, resultando em um conjunto de sugestões que foram entregues ao secretário Guilherme Bellintani.
Em 1º defevereiro de 2014, no auditório absolutamente lotado da Sociedade Caballeros de
Santiago, o Prefeito ACM Neto e seu secretariado apresentou o projeto na íntegra para as entidades e moradores do
bairro.
Na edição denúmero 6, do Jornal da AMARV, com tiragem de 8.000 exemplares, em sua página
central, com enorme destaque foi noticiado o projeto. Desde então a grande imprensa pontua sobre as futuras obras.
Em virtude do
exposto, não podemos chegar a outra conclusão, que não o cunho político de
movimentos contrários ao projeto de requalificação alegando desconhecer algo
que foi amplamente discutido e divulgado, com o projeto detalhado entregue as
diversas entidades e distorcendo a verdade.
Salvador, 17 de julho de 2015.
Lauro Alves da Matta Júnior
Presidente da AMARV
Leia também: Vereador perde o tom ao reduzir mobilização do bairro à ação “partidária”
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Todo movimento tem cunho político. Seja ele denominado "político", ou não. A política está em tudo. Então é óbvio que há um cunho político. Se há alguma insinuação escondida atrás dessa frase sobre o "cunho político dos movimentos", fica a sugestão de torná-la mais clara para que se possa discutí-la.
ResponderExcluirQual é o link para que possamos ver o projeto final? Tem? Gostaria de ver. Ou só tinha em papel pra apresentar num dia e depois a gente não pode mais olhar?
Democracia é chato e demora. E sempre haverá quem discorda. E o bonito da democracia é justamente esse. Que vida. Então quem discorda, vai pra rua e discorda. Quem tem outro ponto de vista pode expressar também. Mas existe muita vida, muita atividade e muita coisa acontecendo fora das ações institucionalizadas. E há também quem participe de alguma instituição e não necessariamente se sinta representado por ela. E aí se aglutinou a quem quer discordar. Essas vozes, para o bem e o para mal, no nosso atual sistema político, contam tanto quanto qualquer outra.
Reformar DE NOVO o Mercado do Peixe é uma loucura. Fazer isso retirando os comerciantes que estão lá há 20 anos é um crime. Cobrir o rio é uma grande bobagem na contra-mão do que se tem feito no mundo inteiro. Gastar 70 milhões pra padronizar a orla do Rio Vermelho no mesmo ano em que a prefeitura declara estado de calamidade pública por causa das chuvas - que acontecem todo ano e todo ano as pessoas morrem, é um senso de prioridade bastante perverso.
Consertar o que está quebrado, faz sentido, essa reforma é dinheiro mal gasto.
Eu, pessoalmente, vou ser contra essas coisas sempre. De forma tão legítima como a de qualquer outro. E nunca vi esse jornal da AMARV.
Camilo Fróes
Gostaria que a AMARV citasse que ontem, dia 18/07/2015, os pescadores da Colônia não sabiam dos detalhes da obra, mas o presidente da Colônia sim.
ResponderExcluirTambém os atuais permissionários não sabiam dos detalhes das obras, mas aquele que se diz representante dos comerciantes do mercado do Peixe e filho de Clarindo da Luz, dono do Cantina da Lua, do pelourinho, sabia de tudo. É esta a representatividade que a AMARV quer tomar para si ?
Apois. Abre o olho seu moço, que o pessoal que gosta do baiano, gosta disto, também. De Visgueira, de um Sujinho. Cai Duro ou Abaixadinho. Mercado do Peixe, então, nem se fala. Muvuca. Cerveja gelada que renda. Tiragosto. Dobradinha, feijoada. Meleira de quebrar carangueijo. Som ao vivo e zuada, que se deixar correr solto a vizinhança pira. Não é elegante, não tem finess mas é I S T A I LI (do inglês style) com certeza. Percebe doutor?
ResponderExcluirPra que, em nome Deus, dar ordem de ‘si ‘ pique daqui seu p.! Suma! Desapareça! Vá prá Piripiri! A tanta gente? Botar pra correr tantos comerciantes, fregueses, mininos, cachorros e tamancos! Ao contrário de outros estabelecimentos “emergentes, bacaninhas e descolados” que vira e mexe abrem as portas neste nosso RV e que logo somem, desaparecem ou si picam porque quebram estes espaços despojados, populares, conquistaram lugar certo e garantido no coração e no bolso de um pessoal muito importante e muito numeroso que não merece ser assim desprezado e maltratado.
Esclareço que o comentário que acabei de postar não está dirigido à AMARV e sim aos autores e responsáveis pelo projeto.
ResponderExcluirFundamental citar a carta de resposta à carta da AMARV
ResponderExcluirhttps://riovermelhoemacao.wordpress.com/2015/07/19/resposta-a-carta-aberta-da-amarv/
Com pouca publicidade e participação restrita, a Associação de Moradores e Amigos do Rio Vermelho – AMARV e segmentos empresariais reúnem-se com a Prefeitura Municipal de Salvador e algumas secretarias desde o fim de 2013.
A promoção desse suposto engajamento, com restrição do debate a uma minoria, não contemplou parte considerável do bairro, que há alguns meses vem se reunindo em busca de respostas para as diversas especulações que surgem dentro de um processo nada transparente. Repetimos: as obras iniciaram-se sem a apresentação do projeto final à comunidade – apenas uma minuta, inicialmente, foi apresentada. Depois das contribuições, não se sabe o que foi incorporado e o que foi rejeitado pela Prefeitura.
Para se ter uma ideia do processo participativo defendido pela AMARV na Carta que ora respondemos, uma das associações posta na lista de participantes não tem qualquer diálogo com seus pares, cuja maioria sequer sabe da realização das reuniões restritas com a Prefeitura. Falamos da associação dos permissionários do Mercado do Peixe, que, através de um suposto presidente, afirmou numa reunião, extraoficial (como todas) que os permissionários estariam de acordo com as obras. A verdade é que com prazo dado pela Prefeitura para deixarem o espaço, os permissionários lutam pela permanência, tendo, inclusive, ato de defesa da condição de permissionários marcado para o dia 20/07/2015 às 8h no próprio Mercado. Esse ato e depoimentos de permissionários encontram-se divulgados no jornal impresso da Tribuna da Bahia do dia 16 de julho de 2015.
Dito isso, afirmamos que as reuniões realizadas pela Prefeitura não cumprem os requisitos necessários para serem consideradas audiências públicas. Utilizando como referência legal o Estatuto das Cidades, Lei nº 10.257 de 2001, temos que a garantia da gestão democrática da cidade depende da realização de debates, audiência e consultas públicas. Esses instrumentos precisam ser executados de modo que garantam a publicidade, com ampla comunicação pública, em linguagem acessível, através dos meios de comunicação social de massa disponíveis; ciência do cronograma e dos locais das reuniões, da apresentação dos estudos e propostas e com publicação e divulgação dos resultados dos debates. Nenhum desses pontos elencados foi cumprido pela Prefeitura. A garantia da publicidade evitaria, por exemplo, a situação do Mercado do Peixe descrita acima, na medida em que as presenças de associações não retiram a participação do cidadão, individualmente.
Quanto à acusação da motivação “política” desse movimento, afirmamos que somos, sim, políticos, porém, negamos, veementemente, os repetidos comentários de que o grupo é movido por partidarismos. Atuamos sem qualquer vínculo partidário. Ressaltamos aqui que não invalidamos nenhuma participação por eventuais vínculos, pois acreditamos que isso não anula as demandas concretas que trazemos.
( continua no link inicial)