Sergio Mattos, morou durante um bom período de sua infância no Rio Vermelho, na Rua Almirante Barroso, no edifício Maria Lídia, bem defronte à Pedra dos Pássaros de onde observava o movimento das gaivotas o que inspirou a escrever um poema que, inclusive, já postamos nesse Blog, mas não custa repetir, até mesmo para conhecimento dos leitores mais jovens, que sequer devem conhecer a Pedra dos Pássaros e muito menos a origem do nome.
Já não vejo gaivotas
nas pedras do Rio Vermelho.
Meus olhos já não descansam
com aquele vôo sereno
e com o mergulho indicador
de boa pescaria. Emigraram.
Os jornais anunciam a morte de gaivotas
em Arembepe e na Bretanha.
Ora o titânio, ora o petróleo
lançados nas águas do mar.
De que vale o progresso
se já não posso
contemplar as gaivotas
na Pedra dos Pássaros
de minha infância?