A noite de festa busca atrair as pessoas ao Rio Vermelho, bairro já conhecido por sua boemia, de uma forma que se experimente o lazer diretamente conectado com a fruição artística que conta uma história, que se vincula por uma identidade. “Precisamos circular, ocupar Salvador curtindo o legado secular que nos formatou, porque nós falamos muito nas nossas raízes culturais, e nem sempre percebemos como isto está no nosso dia a dia, naquela saída com os amigos, numa festinha descontraída. A influência africana vive no nosso cotidiano”, diz o cantor e percussionista Mamah Soares.
Entre os ritmos pesquisados pelos músicos do Coletivo di Tambor, estão o baião, o xaxado e o xote, conhecidos como regionais nordestinos, o ijexá, bastante executado em Salvador e região do Recôncavo da Bahia, e o carimbó paraense, considerado de origem indígena com influências da cultura negra. “Quando a gente pensa, por exemplo, que o baião veio do lundu que os negros de angola escravizados dançavam, da umbigada, a gente começa a criar uma teia de relações que nos reconectam com uma identidade que se transformou, mas não se perdeu”, conta Mamah. Nos shows, o grupo traz também sons com influências dos dub jamaicano, black beat, afrobeat e a guitarrada, que remete, novamente, a essa interconexão que chega à África, já que o carimbó e o merengue marcam a composição do ritmo. O Coletivo di Tambor é formado por Mamah Soares (voz e percussão) e pelos baterista Daniel Ragoni, baixista Sérgio Oliveira, guitarrista Angelo Canja e pelos percussionistas Anderson Capacete e Barrak Black.
SERVIÇO:
- O quê: Baía Mistura
- Onde: Borracharia - Rua Conselheiro Pedro Luiz, 101, Rio Vermelho, Salvador - BA
- Quando: 03 de novembro de 2016, 22h
- Entrada: R$ 20,00
- (Lista amiga com 25% de desconto para entrada até 23h - nomes pelo email: producaomamahsoares@gmail.com)
- Informações ao público: (71) 99254 -0572