Sem ter mais para quem apelar moradores preparam dossiê para entregar ao Ministério Público

 O problema é que após a conclusão das obras de requalificação o trecho da orla, mais precisamente a Rua da Paciência, virou  point de uma turma de jovens que todo final de semana transforma a área em uma verdadeira festa de largo. O som dos carros nas alturas e asfalto vira pista de dança.  A eles se agregam ambulantes, carros estacionados em fila dupla e o furdunço se generaliza. Como não existe estrutura para esse tipo de aglomeração, os problemas se multiplicam. Moradores não conseguem dormir, a violência aumenta,  as ruas viram sanitários públicos, copos, garrafas, latas são jogados pelo chão, os comerciantes estabelecidos na área perdem a freguesia, todo mundo reclama e as soluções não aparecem.  As ligações para a Policia e Semop ( que já nem atendem mais) não param durante toda a noite com moradores desesperados pedindo providências. Porém os órgãos públicos estão casados de saber o que acontece na área, mas pelo visto, decidiram abrir mão de suas responsabilidades  e sequer aparecem. Uma vez ou outra realizam operações conjuntas ficam por algumas horas no bairro e depois se mandam  e o caos segue. É certo que  não tem como proibir as pessoas de ficarem na rua, entretanto, existem normas e leis que precisam ser obedecidas por todos. Se os que ocupam o bairro à noite para se divertir não sabem disso, compete aos  órgãos públicos  fazer com que a ordem seja mantida. Antigos moradores que acreditavam em uma melhor qualidade de vida com a requalificação do bairro mudaram de opinião e estão pensando em se mudar  porque a sensação é de que a situação tende a piorar. Se essa tendência se confirmar não demora a acontecer com o Rio Vermelho o mesmo que aconteceu com a orla da Barra. É bom lembrar que toda  área que deixa de ser residência para ser apenas comercial, invariavelmente entra em decadência. Muito triste pensar que esse é o futuro reservado ao bairro.     

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