De janeiro até julho deste ano, 2.609 pessoas foram acometidas com a doença em Salvador, conforme balanço da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O número, apesar de expressivo, não é considerado surto, como explica a diretora em Vigilância em Saúde do município, Geruza Morais: “houve são casos isolados em determinados locais, como ocorreu em uma empresa de telemarketing e em uma escola pública". Os bairros que mais registram ocorrências são Pernambués, Tancredo Neves, Nordeste de Amaralina e Santa Cruz.
Agentes de saúde também realizam bloqueio vacinal quando acontecem contágios localizados. Os profissionais fazem triagem e imunizam quem nunca passou pelo procedimento e quem precisa de reforço. Não há um levantamento que indique se o número de casos de pessoas que contraíram caxumba cresceu em Salvador, pois as ocorrências não eram notificadas até o ano passado. "Precisaríamos de uma serie de três a quatro anos para dizer se houve aumento significativo", salienta a profissional.
Transmissão e sintomas - A transmissão da caxumba ocorre pelo contato com gotículas de saliva ou de secreções de pessoas infectadas. Os sintomas mais característicos da doença são inchaço e dor nas laterais do pescoço - provocados pela inflamação nas glândulas responsáveis pela produção de saliva -, além de febre, calafrios e dores na hora de mastigar ou engolir.
Não há um remédio específico para combater a caxumba. Como forma de tratamento para aliviar os sintomas de dor e mal estar, o paciente pode fazer uso de anti-inflamatórios sob prescrição médica, além de manter o corpo hidratado e bem alimentado. É necessário que todo o tratamento seja acompanhado por um profissional de saúde, pois nos casos mais sérios, a caxumba pode causar inflamações nos testículos ou ovários, surdez, meningite e até a morte. (Fonte - Secom PMS).