Teixeira Gomes teve participação intensa na modernização da comunicação impressa da Bahia, comandando a redação de um periódico lançado às bancas em 21 de setembro de 1958: O Jornal da Bahia. Em sua história, gravou a triste condição de “primeira publicação brasileira a ser censurada pelo Movimento de 64,” como pode ser visto em sua capa de 1º de abril de 1964. O jornalista, mesmo com as pressões da época, privilegiou a notícia e acabou por enfrentar um inquérito policial militar, do qual foi absolvido.
Dirigido por Roberto Gaguinho, o filme João Carlos Teixeira Gomes – A luta pela liberdade de expressão, que teve a colaboração do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (IRDEB), vai ao ar às 17h e poderá ser acompanhado também pelo portal (www.tve.ba.gov.br/tveonline).
Sobre João Carlos Teixeira Gomes
Nascido em Salvador em 9 de maio de 1936, o contemporâneo de Glauber Rocha no Colégio Central e integrante de um grupo de jovens escritores intelectuais que ficaria conhecido como “Geração Mapa”, a vida do jornalista João Carlos Teixeira Gomes confunde-se com a história de boa parte da imprensa Baiana. Editorialista, escritor, advogado, professor de Literatura e Jornalismo com mestrado em Letras e membro da Academia de Letras da Bahia, a personalidade, é autor de uma dezena de livros, sendo “Memória das Trevas”, o mais conhecido deles, que se transformou em “best-seller”, onde narra toda a sua saga no enfrentamento do então governador Antônio Carlos Magalhães.
- O quê: Exibição do documentário “A luta pela liberdade de expressão”
- Quando: sábado, 7 de abril
- Onde: TVE (canal 10.1) e Portal