"O colapso no sistema de saúde pública de Salvador estava previsto, pelos estudos da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), para acontecer ontem (14), nos casos dos leitos clínicos para pacientes com a Covid-19, e, para as UTIs, no dia 20. Mas, graças à ampliação do suporte em saúde e às medidas de isolamento social, conseguimos derrubar a taxa de transmissão e o colapso não aconteceu. Até o dia 24, posso dizer que não há risco de saturação. Mas ele ainda existe", declarou o prefeito.
As declarações de ACM Neto foram dadas em coletiva virtual à imprensa, na tarde de hoje (15), na qual anunciou o começo de aulas pela internet para alunos da rede pública municipal - as escolas estão com atividades suspensas e sem previsão de retorno. Segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), 48% dos leitos clínicos e 61% dos de UTI dedicados a tratar pacientes com a Covid-19 estão ocupados hoje na capital baiana. Somente a Prefeitura já garantiu a criação de 176 novos leitos, entre clínicos e de UTI.
Decretos - ACM Neto afirmou ainda que na segunda-feira (18) dará uma posição sobre a prorrogação ou não dos decretos com medidas restritivas na cidade. Quase todos têm validade até este dia, inclusive os regionalizados, valendo apenas para Pituba, Plataforma, Boca do Rio e parte do Centro.
"No caso das determinações por bairro, levamos em conta fatores como o crescimento na circulação de pessoas e também dos casos da doença. E não fizemos apenas restrições: adotamos também ações de proteção à vida, com distribuição de máscaras e cestas básicas, testes rápidos para a Covid-19, higienização, apoio a entidades sociais e várias outras. E conseguimos, os dados demonstram, reduzir o fluxo de pessoas nas ruas e, com isso, a circulação do vírus", ressaltou o prefeito.
No caso da Pituba, por exemplo, a redução da circulação de veículos, que estava na faixa dos 30% do total de antes da pandemia, alcançou 41% após o início das novas medidas. A queda no fluxo de passageiros foi para 70%, contra 60% da semana passada, sempre em comparação ao período anterior à pandemia.
Fico com a ideia de que, quer aqui (em Portugal), quer aí no Brasil, a grande preocupação dos políticos é com a gestão dos serviços de saúde -Número de camas, de ventiladores, médicos, etc. e os grandes dramas humanos passam ao lado.
ResponderExcluirAs mortes passaram a ser vistas como estatística pura - se em vez de ontem morram 200 e hoje apenas 100, foi um excelente progresso... eu acho que continua a ser um drama. A vida humana é única e irrepetível.