A flexibilização para o funcionamento de Bares e Restaurante em Salvador teve início da última segunda-feira (10), passada uma semana o movimento foi considerado tímido pela maioria dos comerciantes. No Rio Vermelho, a movimentação maior foi no final de semana, mas eles alegam que se continuar dessa maneira não conseguirão pagar as contas e pedem novas medidas, inclusive a abertura mesmo que parcial das praias, museus e passeios turístico. A Federação Baiana de Alimentos e Hospedagem(FaBHA), encaminhou, nesta segunda-feira (17), carta ao prefeito analisando os resultados da primeira semana de relaxamento e elencando uma série de solicitações para que o setor possa começar a se recuperar.
Confira a integra da Carta encaminhada ao prefeito ACM Neto pela FaBHA
Devido a tenacidade e aos rígidos protocolos de segurança, a PMS conseguiu esmagar a pandemia em Salvador. Estamos a mais de 10 dias com os índices de ocupação dos leitos de UTI abaixo de 60%, mas também tivemos uma das mais longas quarentenas das capitais do país.
O setor do turismo está sendo um dos mais atingidos, cito os seguintes dados:
A. Este ano o mês de julho fechamos a ocupação dos 25 maiores hotéis de Salvador em 7,70%, contra 57.63% do ano de 2019. Uma queda de 49,93 pontos percentuais ao mesmo período.
Estamos com mais de 90% de nossos hotéis fechados por decisão gerencial pois não temos consumidores.
B. Durante 135 dias nossos bares e restaurantes permaneceram fechados por decreto municipal, foram quase 5 meses de despesas, sem nenhuma receita e sem linhas de crédito para capital de giro
Voltamos a funcionar no dia 10 de agosto com 50% de redução dos nossos espaços e adotamos todos os protocolos de segurança e recomendações da PMS, mas infelizmente nesses primeiros dias o movimento foi extremamente tímido não atingindo 15% de mesas ocupadas, o que mais ouvimos é "vai melhorar" e "no final de semana será melhor", lembro que não vivemos apenas de finais de semana.”
Para que possamos concorrer em pé de igualdade com outras capitais do nordeste na captação de turistas e incentivar o consumo em nossos empreendimentos pedimos o seguinte:
. Abertura, mesmo que parcial, de praias, museus e passeios turísticos pois, quem nos visita quer vivenciar a cidade;
02. Data para retorno do centro de convenções e de congressos e eventos;
03. Liberação de eventos de pequeno porte musicais;
04. Ampliação de nossa capacidade de atendimento para 70% em bares e restaurantes bem como, liberdade de horário para atendimento pois, somos mais de 6 mil empreendimentos com suas diversas nuances e particularidades;
05. Cobrança nos consórcios de transportes coletivos pois nossos colaboradores a partir de 22h já não estão mais encontrando meios de locomoção para suas residências;
06. Postergação de alvarás e impostos municipais enquanto durar a crise e anistia no período que estávamos de portas cerradas.
Pedido esse que fazemos para que possamos voltar a pujança de 20% do produto interno bruto de nossa capital. Continuaremos em nossa parceria público-privada com os rígidos protocolos de segurança para nossos clientes e colaboradores.
Prosseguimos em conjunto a PMS para lutarmos contra o COVID-19, salvando
vidas, empregos e empresas.
Na oportunidade renovamos protestos de estima e consideração.
Cordialmente,
Silvio Pessoa
Foto- BlogRV