Natural de Cachoeira, Recôncavo Baiano,
Aninha Ramos, moradora do bairro do Rio Vermelho, todos os anos no dia 2 de
fevereiro se veste a caráter para saudar Iemanjá de quem é devota e já se tornou personagem no bairro. Este ano,
mesmo com o cancelamento da festa cumprir o ritual saindo do isolamento
social de mais de dez meses imposto pela pandemia do coronavírus. Seguiu até
uma faixa de areia sem público e de forma segura, cumpriu a devoção. Acostumada a
andar em meio a uma verdadeira multidão até chegar à Praia de Sant’Ana em anos
anteriores, neste ano, optou por antecipar as homenagens,
considerando que nos dias o1 e 02 os acessos às praias estarão
fechados. O caminho estava livre e ela pode andar com desenvoltura, mas não
despercebida, as poucas pessoas que circulavam pelo local, a cumprimentavam e algumas chegavam até a reverencia-la. Diante do novo cenário o seu companheiro, o
jornalista Jorginho Ramos comentou que em anos anteriores em alguns momentos
teve até que organizar fila devido ao grande número de pessoas que queriam
tirar fotos com ela. A festa foi
cancelada, mas a fé de Aninha permaneceu inabalável e até considerou a pausa
salutar observando a sensação de limpeza na praia com a ausência de público, e
pontuou: “ a natureza precisava desse respiro a gente até voltou a sentir o cheiro da maresia, creio que depois dessa pandemia tudo vai
ser diferente”. Ela até gravou uma mensagem para o Blog do Rio Vermelho,
confira o vídeo.
Pausa na Festa de Iemanjá ajudou a purificar o mar
janeiro 31, 2021
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