A Colônia de Pescadores Z1, no Rio Vermelho, foi vistoriada por equipes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). O trabalho preventivo consistiu na eliminação de focos de proliferação do mosquito Aedes Aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya.
“Nas colônias de pescadores, por exemplo, os barcos são guardados da maneira que vão ao mar. De forma côncava, eles acumulam água da chuva. Foram encontrados vários focos larvários”, explicou a diretora de vigilância à Saúde da SMS, Andréa Salvador.
Por isso, segundo Andrea, a vigilância no local é constante. “A cada 15 dias, é feita uma visita para colocar o larvicida e evitar que essas larvas possam se transformar potencialmente num mosquito alado, picando a população e ajudando a transmissão do vírus”, completou.
Algumas amostras que são retiradas do ambiente passam por avaliação larvária em um laboratório, para verificar se são de Aedes ou de Culex, que é a muriçoca. As outras ficam no ambiente onde foram encontradas e são tratadas com larvicida, para que não se transformem em mosquitos.
O pescador Tarlei dos Santos ressaltou a importância dos cuidados preventivos para evitar as doenças virais causadas pelo mosquito. “Eu tiro a água do barco, jogo areia, lavo e, se vejo água empoçada, eu chamo os donos da navegação para tirar. Eu e minha esposa já pegamos chikugunya e sei o quanto é doloroso. Fiquei de cama, não conseguia levantar. Eu já tinha cuidado e, depois que fiquei doente, tenho mais ainda”, relatou.
Foto: Bruno Concha/Secom