Vista da Curva da Paciência com a subida da Rua Almirante Barroso. Nesse casarão da esquina( subida da ladeira )funcionou a venda de Gradim, o mais famoso Armazém de secos e molhados e bar dessa área. Lá pelo fim da década de 50, e durante a década de 60, reinou absoluto! Os mais antigos lembram de muitas histórias entre a freguesia e o dono do estabelecimento. Contam que em resposta a "fama" que o bairro sempre teve de "biriteiros" a galera mais jovem cantava uma música que a letra dizia muito da relação da turma com esse bar, era assim: " Falaram/ no jornal botaram/ que no Rio Vermelho tem concurso de pau d`água/ a língua ferina que fala/ tem mágoa, tem mágoa/ bebemos sim/bebemos bem/ é com nosso dinheiro/ não pedimos emprestados/ não devemos a ninguém/ só a Gradim!"
Gradim era um espanhol de sotaque carregado, abria caderneta de credito onde as pessoas compravam "fiado" e pagavam no final do mês, ou quando podiam. Os fregueses, inclusive os que consumia bebida, tinha essa facilidade, mas sempre na hora de pagar era uma celeuma, os "devedores" não se conformavam com os "juros" que ele acrescentava ao consumo total, muitas vezes as brigadas chegavam a ser sérias com ameaça de não mais " vender fiado", mas ao final tudo se resolvia, a dívida era quitada e um novo credito era aberto. São histórias do Rio Vermelho de uma época onde todos se conheciam. Ainda bem que muitos estão vivos para relembrar esses fatos e Blog está aqui para registrar!