Falta criatividade ao comercio local
dezembro 09, 2008
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O Rio Vermelho tem um comercio vigoroso com restaurantes, bares, mercadinhos, shoppings, lojas de confecções, de material de construção, armarinhos, casas especializadas em bolsas, sandálias, produtos exotéricos, produtos orgânicos, artesanato, produtos rurais, acessórios em couro, antiguidades e um a infinidade de outros itens, entretanto, não existe qualquer movimentação visando estimular os moradores, principalmente nesse perÃodo de festas natalinas, a freqüentar esse comercio. Muitas vezes as pessoas vão ao centro da cidade, aos shoppings, enfrentam engarrafamentos, filas e acabam gastando mais do que gastariam no bairro. Os comerciantes bem que poderia se unir para viabilizar junto à Prefeitura uma decoração bacana, realizar promoções, sorteios ou mesmo estabelecer descontos para moradores, certamente, com essas iniciativas atrairiam os consumidores do bairro e adjacências. Afinal, a união faz a força. Por falar em união, existe no bairro alguma associação dos comerciantes?
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Recebemos de Sarnelli, colaborador desse blog, por e-mail, seguinte comentário:
ResponderExcluirOLá Carmela,
Como sabe, acompanho o " nosso blog " e estou vendo que você lançou no ar uma bela interrogação , na última postagem , com o tÃtulo " Falta criatividade ao comércio local .
" - Por que o comércio do Rio Vermelho é estático ? "
Começa que não se pode mesmo considerar toda a extensão da Rua da Paciência, uma vez que ela foi tomada por bares e alguns restaurantes, alguns dos quais nem se sustentam por muito tempo...Uma ou outra loja de outro ramo que se instala nessa via, não tem vida longa .
Maior movimentação mesmo, com direito a barulho e tudo, está na Praça de Santana, onde duas ( depois de uma guerra ! ) baianas famosas vendem os seus acarajés e abarás , e onde existem dois bares que atendem às pessoas que afluem para aquele local, que ficou famoso. Ou , ainda , no Mercado da Mariquita .
Não acho que falta criatividade aos nossos comerciantes. Acho que o comércio aqui é
é pequeno , que ainda é meio colonial , que é um comércio de bairro e que não houve um impulso para que se desenvolvesse e também os comerciantes crescessem e pudessem reinvestir ... Todo comércio do Rio Vermelho é , na maioria das vezes, composto de pequenos comerciantes com poucas possibilidades financeiras , que apenas conseguem sobreviver. Agora ,começam a chegar empresas de maior porte e possibilidades , por falta de espaço em outros lugares . Chegou uma grande churrascaria, uma pizzaria elegante ,temos uma agência bancária , um FreeShop vazio , o outro, não sei , alguns mercadinhos modestos , algumas padarias que não poderiam deixar de existir e, mais o que ? Sim, temos quatro belos hotéis ,mas os hóspedes não gastam o dinheiro aqui...
Os pequenos comerciantes de todo o Rio Vermelho, andam em cima da corda bamba e não oferecem tudo o que os moradores do bairro necessitam. O abastecimento do mês , a compra pesada , vai , então, para os supermercados e ou delicatessens...Temos por perto , nada menos que 4 deles . Daà que ,o que se compra no bairro é aquilo que por acaso faltou ou que não vale uma saÃda . Os moradores se acostumaram a ir aos supermercados, aos shoppings ,onde encontram de tudo , inclusive pessoas e se exibem...É uma maneira de sair de casa , Raramente , procuram algo no seu próprio bairro ,ainda com a impressão de que as coisas por aqui são mais caras . Se procuram, é coisa de pouca expressão . No entanto, o Rio Vermelho está se transformando. Empresas diversas estão se instalando por aqui, notadamente no Parque Cruz Aguiar e na Lucaia , onde já apareceram diversas lojas . Móveis para escritório, oficinas para revisão de veÃculos . Acompanhando o morro do Parque, no lado do rio, uma quantidade de pequenos negócios e apenas uma firma de porte razoável que faz comércio com materiais de montaria... Dentro do Parque, reina a baderna; escola , pizzarias , clÃnicas , escola de decoração , batataria , produtoras de vÃdeo ,escritórios , até repartição da Prefeitura (!), etc... .Tudo isto, atrai uma grande movimentação de pessoas e veÃculos que vêm de outras partes da cidade, mas que gastam pouco no bairro. No máximo, fazem uma refeição comercial por dia. As pizzarias , atraem os fornecedores de bebidas , verduras . As escolas, os alunos ou alunas cada qual com, o seu veÃculo e, assim por diante. O Parque já não suporta mais ...Estacionar? De qualquer jeito e em qualquer lugar ! Mas, se o assunto é o comércio, para termos um comércio forte , que fidelize o morador do bairro , temos que ter a esperança de que firmas de maior porte resolvam investir pesado no Rio Vermelho pois , embora o bairro aparente ter uma vida própria, não chega a ser assim. Minha mulher, se queixa, por exemplo , de que não temos uma loja de tecido...É verdade, não temos uma loja de tecidos, como não temos outras de porte e variadas com outros produtos dos quais precisamos e que segurem o morador comprando no seu próprio bairro . É assim que os pequenos comerciantes do Rio Vermelho enfrentam o seu comércio de pinga-pinga, não crescem, nunca conseguirão reinvestir , enquanto o volume maior de dinheiro voa em outras direções . Eu tinha a esperança de ver o Casarão dos Taboada funcionando em breve , mas as obras pararam. O casarão está , novamente, à venda. Acabou a grana dos dois sócios. Ela estava toda na Bolsa de Nova York !!!... Nestas condições , mesmo contra a vontade , as pessoas vão comprar as suas coisas nos grandes shoppings e supermercados . Está na moda é elegante e um belo passeio para desestressar e olhar vitrines , e comprar o que não queria e nem precisava...Estou cansado de ouvir a minha irmã dizer: preciso de algo, vou dar um pulinho até o Shopping Piedade...!!!
Mas, alguém sabia que existe uma Central de Entidades do Rio Vermelho. Faz o que?
Ótima postagem de Sarnelli. Fêz uma verdadeira radiografia do comércio do bairro e de quebra do comportamento dos consumidores. Parabens!
ResponderExcluirTambém gostei muito da analise feita por Sarnelli sobre o comercio do Rio Vermelho.Uma visão de quem realmente conhece o bairro.
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