foto/Anderson SoteroMulheres falam sobre o Rio Vermelho na Biblioteca Juracy Magalhães Jr.
Por Anderson Sotero*
Um bairro de personagens famosas, como a escritora Zélia Gattai e a baiana de acarajé Dinha, e de diversas mulheres que vivem no anonimato, mas que possuem algo em comum: são apaixonadas pelo bairro em que moram. Completando 500 anos desde a chegada de Caramuru à região, o Rio Vermelho foi homenageado pelo projeto “Mulheres do Rio Vermelho em debate”, realizado pela Fundação Pedro Calmon, no dia 6/03, na Biblioteca Juracy Magalhães Jr.
Diversas mulheres, antigas e atuais moradoras, se reuniram na biblioteca para juntas compartilharem as diferentes visões que possuem do bairro, além de celebrar o Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março.
O debate foi conduzido pela historiadora Simone Pinho que, desde a década de 80, alimenta interesse e curiosidade pela história do Rio Vermelho. Pinho integrou o projeto “História dos bairros de Salvador”, iniciativa que visava, naquela época, reconstruir e preservar a memória de bairros soteropolitanos, como o Rio Vermelho e Itapuã, a partir do depoimento oral de vários moradores. “A pesquisa se utilizou principalmente da história oral e da busca por fotografias antigas. Porém, é preciso ressaltar que este tipo de trabalho de reconstrução da memória do bairro Rio Vermelho necessita ser continuado”, destacou a palestrante.
O projeto “História dos bairros de Salvador” contou com a colaboração de funcionários da Biblioteca Juracy Jr. e serviu também para integrar e aproximar os moradores com a biblioteca. Desta parceria, resultaram duas publicações, com relatos das entrevistas feitas e duas exposições que retratavam a vida dos pescadores da região e aspectos urbanos do bairro. “Este trabalho teve o mérito de trazer a tona o discurso de uma população acerca da visão que ela tem de si própria”, ressaltou Pinho. Todo o material produzido faz parte do acervo da biblioteca e está disponível para consulta.
Lembranças - Moradora do Rio Vermelho desde os dois anos de idade, Iraci Salinas relembrou o tempo em que estudava no primeiro colégio público do bairro, a escola Oswaldo Cruz. “Estou aqui até hoje porque nunca admiti sair deste bairro. O que eu mais gostava de fazer era nadar, mas hoje, infelizmente, a praia está poluída”, afirmou. A paixão de Iraci pelo bairro é tanta que pode ser constatada nas declarações que costuma fazer enaltecendo as qualidades do bairro. ”Quando eu morrer, quero que minhas cinzas sejam jogadas na praia do Rio Vermelho”, confessa a moradora.
Para a arquiteta Arilda Cardoso, apelidada por suas companheiras de “Embaixadora do Rio Vermelho”, é preciso que “o bairro passe por modernizações, desde que o charme e o estilo do bairro sejam preservados”. Arilda destacou também a importância do Centro Social Monsenhor Amílcar Marques que funciona no bairro há mais de 40 anos. Instalado no Largo de Santana (antigo endereço da Igreja de Santana, uma das mais famosas paróquias da cidade), o centro oferece cursos semi-profissionalizantes para promover a inclusão social, além de diversas atividades de lazer.
Por Anderson Sotero*
Um bairro de personagens famosas, como a escritora Zélia Gattai e a baiana de acarajé Dinha, e de diversas mulheres que vivem no anonimato, mas que possuem algo em comum: são apaixonadas pelo bairro em que moram. Completando 500 anos desde a chegada de Caramuru à região, o Rio Vermelho foi homenageado pelo projeto “Mulheres do Rio Vermelho em debate”, realizado pela Fundação Pedro Calmon, no dia 6/03, na Biblioteca Juracy Magalhães Jr.
Diversas mulheres, antigas e atuais moradoras, se reuniram na biblioteca para juntas compartilharem as diferentes visões que possuem do bairro, além de celebrar o Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março.
O debate foi conduzido pela historiadora Simone Pinho que, desde a década de 80, alimenta interesse e curiosidade pela história do Rio Vermelho. Pinho integrou o projeto “História dos bairros de Salvador”, iniciativa que visava, naquela época, reconstruir e preservar a memória de bairros soteropolitanos, como o Rio Vermelho e Itapuã, a partir do depoimento oral de vários moradores. “A pesquisa se utilizou principalmente da história oral e da busca por fotografias antigas. Porém, é preciso ressaltar que este tipo de trabalho de reconstrução da memória do bairro Rio Vermelho necessita ser continuado”, destacou a palestrante.
O projeto “História dos bairros de Salvador” contou com a colaboração de funcionários da Biblioteca Juracy Jr. e serviu também para integrar e aproximar os moradores com a biblioteca. Desta parceria, resultaram duas publicações, com relatos das entrevistas feitas e duas exposições que retratavam a vida dos pescadores da região e aspectos urbanos do bairro. “Este trabalho teve o mérito de trazer a tona o discurso de uma população acerca da visão que ela tem de si própria”, ressaltou Pinho. Todo o material produzido faz parte do acervo da biblioteca e está disponível para consulta.
Lembranças - Moradora do Rio Vermelho desde os dois anos de idade, Iraci Salinas relembrou o tempo em que estudava no primeiro colégio público do bairro, a escola Oswaldo Cruz. “Estou aqui até hoje porque nunca admiti sair deste bairro. O que eu mais gostava de fazer era nadar, mas hoje, infelizmente, a praia está poluída”, afirmou. A paixão de Iraci pelo bairro é tanta que pode ser constatada nas declarações que costuma fazer enaltecendo as qualidades do bairro. ”Quando eu morrer, quero que minhas cinzas sejam jogadas na praia do Rio Vermelho”, confessa a moradora.
Para a arquiteta Arilda Cardoso, apelidada por suas companheiras de “Embaixadora do Rio Vermelho”, é preciso que “o bairro passe por modernizações, desde que o charme e o estilo do bairro sejam preservados”. Arilda destacou também a importância do Centro Social Monsenhor Amílcar Marques que funciona no bairro há mais de 40 anos. Instalado no Largo de Santana (antigo endereço da Igreja de Santana, uma das mais famosas paróquias da cidade), o centro oferece cursos semi-profissionalizantes para promover a inclusão social, além de diversas atividades de lazer.
*Estudante de Jornalismo
Esse texto de Anderson Sotero, sobre o depimento das mulheres do Rio Vermelho na Biblioteca, na última sexta-feira, é bem interessante porque mostra o quanto as pessoas gostan desse bairro. O depoimento de Iraci é uma bela declaração de amor ao bairro. Uma pena que os gestores não tenham o mesmo afeto pela cidade. Fico me perguntando por que essas pessoas mentem tanto, enganam tanto para chegar ao poder e depois simplesmente abandonam a cidade.
ResponderExcluirNota de divulgação de um encontro saudosista...fico me perguntando: quando iremos discutir os problemas de frente?
ResponderExcluirPoxa, com aquele lixo na praia de santana que é próximo, muito próximo da biblioteca; a igreja de santana naquela situação cai mas não cai, ruas e passeios esburacados, estacionamentos irregulares...e ninguém discuti, nem AMARV, NEM PARÓQUIA, NEM COLÔNIA DE PESCA, NEM SUPOSTOS PUBLICITÁRIOS QUE NÃO PASSAM DE LOBISTAS... TODOS SE AUTO-DENOMINAM LIDERANÇAS NO BAIRRO.
O que adianta encontro para reafirmar o amor ao bairro? VAMOS A LUTA MEU POVO...SE NÃO HOUVER OPÇÃO: REVOLUÇÃO NA ACEPÇÃO DA PALAVRA.
Uma coisa não inviabiliza a outra.Você pode fazer sim uma sessão para relembrar coisas interessantes de bairro, para demonstrar afeto pelo lugar onde mora e ao mesmo tempo denunciar e mostrar o que está errado, cobrar das entidades que representam o bairro, mais presença e ação junto ao poder público.Independente disso cada um pode fazer sua parte idividualmente, ligando para os orgão publicos, enviando cartas, e-mails, ligando para os programas de rádio.Não pode ligar uma vez e achar que vai resolver, tem que ligar todos os dias, inflamar os timpanos desse pessoal.Revolução depende da ação de cada um.Não adianta ficar reclamando que ninguém faz e ficar parado.
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