Congestionamentos no bairro II

Faltam estacionamentos 
Apesar da menor circulação de veículos, aos finais de semana, nas ruas da cidade, no Rio Vermelho a situação é ainda mais caótica. É quando o bairro é mais visitado e consequentemente, fica mais congestionado.

Em projeto de revitalização do bairro, promovido pela prefeitura, através da Secretaria de Serviços Públicos (Sesp), prevê dentre as modificações, as construções de um mirante, um memorial e um anfiteatro, ao moldes da Concha Acústica. O investimento contemplará mais de 14 mil m². A primeira etapa das obras vai se concentrar no tradicional Mercado do Peixe, que será recuperado, através de um projeto da Fundação Mário Leal Ferreira.

As obras devem ser iniciadas em menos de dois meses e nada foi dito a respeito da expectativa de aumento do fluxo de veículos, na região e dos impactos do empreendimento, no trânsito já caótico do bairro. A reportagem procurou a Superintendência de Trânsito e Transporte deSalvador (Transalvador), mas até o fechamento desta edição, não obteve nenhum retorno.
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5 Comentários
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  1. Pela milésima vez: não existe solução PARA o carro.

    existe solução SEM o carro.

    Já dizia o PFLista Jaime Lerner. Logo, isso não é socialismo transportal. É o mínimo de racionalidade.

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  2. A situação que vivemos é mesmo muito complicada. Enquanto se reclama solução para os congestionamentos que estão parando as cidades, e Salvador já está nesse patamar, se estimula a venda de novos carros, com prestações cada vez mais longas e baixas mas nada é feito para tornar o transporte de massa eficiente.

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  3. Acho que nessa reportágem foi levantada uma questão muito importante sobre esse Memorial que vai ser constuido.Pelo que andei lendo vai ter um anfiteatro, o que pressupõe a realização de eventos, isso quer dizer mais carros e mais movimentação na área. Será que os mentores do projeto fizeram analise previa disso? A Prefeitura é useira nisso, autoriza ou ela mesma faz empreendimentos que agravam ainda mais os congestionamentos e complica o trafego. Quando tem um evento maior nos hoteis localizados ali na Fonte do Boi, engarrafa tudo como aconteceu recentemente com o encontro dos professores da rede municipal e dos prefeitos.O problema é que esse pessoal fica fazendo projetos emcima das pranchetas, fechados nos gabinetes, ai fazem um negocio bonitinho mas sem nenhuma funcionalidade. É isso que eu penso

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  4. VENDER novos carros não é problema.

    Todo sujeito deve ter direito a possuir um carro - para viajar, usar em horários de lazer, etc.

    A questão é que:

    1) o uso diário de uma cidade NÃO DEVE SER FEITO COM CARRO INDIVIDUAL. Friso o INDIVIDUAL. Não há problemas com carro se for usado por duas ou mais pessoas;

    2) mesmo para uso de lazer, se a locomoção for individual, pode ser feita com bicicleta. Ciclovias NAO SAO NECESSARIAS. Bicicletarios publicos sao. Paris nao tem uma escaça ciclovia, e tem bicicletas publicas e gratuitas - usadas por quase 60% da populacao;

    3) mesmo em transporte de mais de um individuo para lazer pode e deve ser feito em coletivos. Em casos de permanencia longa. Por exemplo, para sair de noite.

    O Rio Vermelho tem vantagens nisso:

    1) já é um bairro altamente pedestre - apesar das pessimas condicoes de calçamento;

    2) as pessoas vão pra boates no Rio Vermelho de onibus, muitas vezes. Eu inclusive. Saio do Itaigara às 10h e 30 da noite, passo a madrugada na Boomerangue, e pego onibus as 5h da manhã - com a boate ainda cheia.

    A questão é estimular CONCRETAMENTE estes habitos (isto é: inibindo fisicamente o carro e melhorando a qualidade do pedestramento, construindo bicicletários públicos, mantendo linhas de onibus regulares pela madrugada e em fins de semanas e feriados), que já existem.

    Como ciclo-ativista, usuario do bairro, e ex-namorado de arquiteto, me coloco a disposicao pra discutir presencialmente estas medidas.

    São baratas e mais eficientes do que "regular o trafego". Nao existe como melhorar trafego. Pense em viadutos como pontes-de-safena num coracao infartado. O que tem de se fazer é reduzir o colesterol. Sacou?

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  5. Mais: o Rio Vermelho é o ULTIMO bairro dentro do Plano Leal Ferreira - que mantem a logica europeia dos bairros, e so adota modelos americanos nos vales, evitando o "efeito los angeles"

    O Rio Vermelho tem de assumir que é um bairro anti-carro. Como a Graça. Como a Barra.

    ele ser engarrafado neste ponto é uma VANTAGEM - e nao um PROBLEMA.

    claro, uma vantagem incomoda porque os dispositivos para usar o bairro por outros meios sao ruins - diferente da Graça que tem condicoes primeiro-mundistas de pedestramento: calçadas largas, integras, e totalmente arborizadas, com predios vazados que conduzem a ventilacao da baia para os vales.

    solucionar o carro no Rio Vermelho é fazer o Rio Vermelho ficar mais "pituba".

    radicalizar, e achar solucoes que excluam mais o carro, incluindo o pedestre, o coletivista e o ciclista (inclusive aumentando a cobertura vegetal e o sombreamento), é torna-lo mais "graça".

    ou seja: é aproxima-lo do unico bairro de Salvador que consegue ser, ate hoje, modelo internacional de bairro.

    que direção voce prefere seguir: Pituba ou Graça? A velha bahia elegante, ou a burguesia anti-bahiana?

    essa é a questao que o Rio Vermelho precisa se colocar...

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