Nordeste de Amaralina pede ajuda ao MP

Segurança, educação e saúde. Essas foram as principais reivindicações dos moradores do Nordeste de Amaralina apresentadas durante a audiência pública do projeto 'MP Vai às Ruas' realizada na manhã de ontem, dia 17, no Colégio Estadual Carlos Sant'Anna I, situado no Alto dos Coqueiros, s/nº, no final de linha do bairro.
A audiência foi aberta pelo chefe do Ministério Público baiano, procurador-geral de Justiça Lidivaldo Britto, que ressaltou a importância do projeto 'Paternidade Responsável', que será desenvolvido no bairro, na unidade móvel do MP, no período de 21 de setembro a 2 de outubro, pela manhã.
Segundo ele, é um direito inalienável de todos poder saber quem é o seu pai e ter o nome dele em seu registro civil, e não só isso: o pai tem que estar presente na educação de seus filhos. “Uma pesquisa indica que 80% dos jovens em conflito com a lei não teve a presença do paterna em suas vidas”, alertou Lidivaldo, acrescentando que “se já é difícil para uma mãe criar seus filhos e trabalhar, tendo companheiro; imagine aquelas que criam suas crianças sozinhas?”. O PGJ finalizou a sua fala explicando que o Ministério Público procurará, dentro de suas possibilidades, atender aos anseios da população do bairro e cobrará do Poder Público melhorias para o Nordeste de Amaralina. “Nós não vamos conseguir resolver todos os problemas, mas vamos tentar obter resultados significativos”, finalizou Lidivaldo, informando que voltará à comunidade para conhecer os equipamentos públicos do bairro.
Dentre as queixas mais comuns apresentadas pelos moradores estavam a falta de segurança para o acesso de professores e alunos do turno noturno às escolas, a não aplicação de verbas públicas destinadas à educação, a necessidade de posto de saúde com atendimento 24 horas e de incentivo ao planejamento familiar, além do tráfico de drogas no local e das mortes dos jovens envolvidos com ele.
Os moradores, entretanto, elogiaram a atuação da Companhia de Polícia Militar, representada na reunião pelo Coronel Mozart Lima, e da 28ª Delegacia da Polícia Jussara Maria Souza, que ficam impedidas de executar um trabalho melhor porque falta infraestrutura adequada. “Nós precisamos combater o crime não apenas com ações ostensivas, mas também buscando uma relação dialógica com a comunidade”, ressaltou a delegada. Já na opinião do representante da Polícia Militar, “o esforço conjunto dos órgãos é indispensável para a busca de soluções para a segurança pública. Por isso, o MP levanta a bandeira e a PM apoia”. (informa a assessoria de imprensa do MP)
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