Los hermanos, turismo com o pé atrás

Por Sarnelli

Os feriados são os piores para mim porque atrapalham a minha movimentação. Como sou acostumado a ir todas as manhãs ao Shopping Barra conversar com amigos e amigas e tomar um cafezinho em companhia, hoje perguntei à minha mulher : será que o shopping está aberto ? Claro que vai estar, por causa do dia das mães, respondeu. Fui . Era entorno das nove da manhã e soube pelo segurança que só abrirá ao meio dia hoje, para o uso da praça de alimentação . As compras para o dia das mães ficam para o decorrer da semana.

Frustrado, peguei o primeiro buzu e fui parar no Farol da Barra, onde a animação era grande . Três daqueles ônibus de turismo haviam descarregado pouco mais de uma centena de turistas, hermanos, e havia, ainda, no local, pessoas daqui mesmo. Cliquei algumas fotos para não perder a viagem , me enfiei numa fila de hermanos que iam contornar o forte de Santo.Antônio da Barra em fila indiana . Lá no fundo, com aquela bela vista para o mar, um senhor tirava uma foto de uma senhora e ela, depois tirou uma dela. Eu os cumprimentei e perguntei no meu melhor espanhol : “quierem que saque uma foto de los dos ?” Ele ficou em dúvida, teria aceito a minha oferta, mas a mulher saiu correndo como se tivesse visto um dragão ! Nem ele , chamando diversas vezes , fez com que ela retornasse ! Na certa , não confiou, apesar de eu estar bem vestido, barba feita, tênis novo, usando um boné argentino , etc. ...Um figurino! Segundo ela,teria sido um risco. Fazer o que ?

E agora, eu me vingo !...

Este pequeno incidente , me fez lembrar de um interessante . Eu estava em São Paulo , quando a sobrinha que chamo de Kika , foi fazer um cruzeiro de fim de semana com o marido e o “ ventania, o seu filho super-ativo, que atende pelo nome de Lorenzo . Deveriam descer em Punta Del Este, no Uruguai , mas isto não aconteceu , porque lá não tem porto e deveriam descer e ir à terra em escaler do próprio navio . O mar estava zangado . Por decisão do comandante seguiram para Buenos Ayres. Passaram a semana por lá , mas chegou o dia das compras, aquelas lembrancinhas que dão trabalho. A Kika só dá coisa boa. Não é mão fechada ! Marido , mulher e filho Lorenzo , cheios de sacolas , não havia outra solução: pegar um táxi . Acham um, colocaram as sacolas dentro, deram o endereço do hotel onde chegaram rapidamente. Desceram e , mesmo antes de terem tido tempo de apanhar as sacolas , parte dentro e parte na mala , o motorista arrancou para nunca mais ser visto . E foi assim que eu fiquei sem a minha camisa !

Agora você já sabe. Se for passear por lá, olho no motorista, principalmente se ele for Argentino ou mesmo italiano !...