Para iniciar um debate sobre a Festa de Iemanjá, o Blog está lançando o espaço “Minha opinião sobre a festa de Iemanjá”. A idéia é divulgar depoimentos de situações vivenciadas ou observações feitas no bairro no dia 2 de fevereiro deste ano. Dessa forma teremos várias visões sobre o mesmo fato, proporcionando aos organizadores material para analise que pode ser usado para corrigir ou melhor problemas eventualmente citados, em uma festa dessa dimensão sempre tem alguma coisa que pode ser melhorada. Os comentário ou artigos devidamente identificados e dizendo o que estava fazendo (curtindo, participando de bandas, observando, trabalhando, bebendo, passando etc), devem ser encaminhados para o e-mail blogdoriovermelho@outlook.com A Festa de Iemanjá é uma das mais bonitas de Salvador, vamos contribuir para que fique melhor a cada ano.
Minha opinião sobre a festa de Iemanjá
fevereiro 03, 2011
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Tópicos:
pasmen, uma festa como Yemanjá,não existe um encontro entre os representantes do municipio, estado e a comunidade para se debater um melhor projeto para festa. Tudo feito a migué de cima para baixo e nós somos obrigados a engulir.Domingo vai ter BA-VI, VAI TER UMA REUNIÃO ENTRE OS ENVOLVIDOS, TORCIDA, ESTADO E MUNICIPIO.Aonde estão os gestores?Precisamos definir,trafego de veiculos , estacionamentos,ambulantes, barracas,circuito da festa e o papel de cada um operando em conjunto não individualmente.
ResponderExcluirConcordo com Ricardo, a Festa cresceu muito, mas esse crescimento não foi acompanhado tanto pelo Governo como pela colônia de pescadores, fora os problemas que aconteceram no passado é preciso que a direçao atual da colônia chame para si a responsabilidade de tão importante evento e convoque todos os segmentos envolvidos para que a Festa siga cada vêz melhor, questionamento abre o debate para o que precisa ser feito para isso acontecer
ResponderExcluirO que vi, fiquei feliz, me surpreendi e não posso deixar de compartilhar. Parabéns a Polícia Militar.Não vi excesso de força, e o fato que me chamou a atenção foi a disposição dos políciais que estavam dentro de uma rural na transversal entre a rua. Odilon Santos e a rua do meio.
ResponderExcluirIndo em direção a Amaralina, tudo estava tranquilo quando de repente um casal que estava em minha frente foi atacado por um batedor de carteiras (menor de idade) levando alguns pertences, o elemento disparou em fuga e escolheu a transversal acima citada enquanto populares gritavam: pega, pega, é ladrão.
Curioso que sou, fui até a referida esquina,quando avistei a rural parada e um policial militar em pé ao lado do passageiro, logo deduzi: o motorista deve ter corrido atrás do gatuno.. Para ter certeza do desfecho resolvi fazer o trajeto de fuga, de volta até o Largo da Mariquita passando pela rua Oswaldo Cruz. Chegando lá encontrei dois policiais com o mesmo fardamento do que ficou na viatura e com o meliante detido e o casal que foi vítima junto, não resisti e perguntei : -Recuperaram o que foi roubado? E a resposta positiva:-. Sim tudo.
Não me contive e parabenizei em voz alta, em plena praça pública, atitude daqueles jovens políciais pelo seu empenho, dedicação e competência.
O larapio imobilizado pelo PM, chorava e dizia que queria sua mãe, enquanto populares o acusavam também de outros roubos.
Excelente a ideia de reunir depoimentos para condensá-los e fazer uma bela fotografia da festa . Infelizmente, Carmela, por mais incrível que possa parecer , eu não posso contribuir o suficiente. Fui cedo, no entornao das nove da manhã e a coisa estava começando . O primeiro tiro eu o ouvi à uma da madrugada. Estava ao micro. O que vi, foi um repeteco de sempre. Vendedores se preparando no largo de Santana, no passeio da Paciência . uma fila que já estava razoavelmente grande, em direção ao barracão das oferendas , vendedores com cavaletes armados sobre o passeio da praia, os casebos que, este ano foram cobertos de lona branca , melhorando, sensivelmente o visual , e acabando com aquelas barracas de madeiras velhas e fedorentas, mas voltei cedo para casa e não mais saí.
ResponderExcluirTive, sim, uma cena curiosa. Ali na rua José Francisco Vidal, um vendedor estava armando o cavaletinho para vender exclusivamente alfazema. Quando me viu, me disse: tome, é presente para o senhor ! Era um frasco com algo que parecia alfazema dentro. Logo, a seguir, apanhou um outro na caixinha de papelão, enfiou tudo num saco plástico de cor de leite e disse: agora, o senhor me dá um dinheirinho, se quiser, para um tomar um guaraná mais tarde. Meti a mão no bolso , saquei um maço que continua 4 notas de 2 reais e dei uma para ele. Não contente, tirou a segunda nota da minha mão e, logo, logo, a terceira e a quarta . Achei tanta graça no jeitão do cara que comecei a dar risada , passei o braço pelo seu ombro e disse-lhe no ouvido: cara, você é um enrolão !... nós dois dando risadas! O resultado foi que acabei pagando 4 reais por cada vidro que derramei no mar. Devo frizar que aquela água colorida não tinha cheiro nenhum ...
Depois disso, eu fiquei com um saco plástico na mão , dois vidros vazios, e fui pegando o que encontrava pelo caminho. Só que não encontrei uma só lixeira pelo até que apareceu um varredor com o seu carrinho e então, o volume, eu o deixei por lá.
De resto, o que vi foi pela TV, porque não posso me expor ao sol tão forte quanto o de ontem.
Soube do problema do presente principal e esta manhã eu redigi um mail para você que não sei se chegou aí ou se eu mesmo deletei sem querer. Sempre acontece. Eu não posso acrescentar nada alem da historinha da alfazema que fez com que, com 8 reais , eu desse belíssimas gargalhadas só pelo jeito do rapaz me abordar e me enrolar !
Amiga Carmela:
ResponderExcluirEm primeiro lugar quero elogiar a bonita camisa que Pino estava usando para divulgar o Blog do Rio Vermelho. Gostei.Para mim a Festa de Yemanjá foi excelente. Quando cheguei aqui no Rio Vermelho, as 5:00, todos os espaços já estavm tomados pelos ambulantes vendendo flores, perfumes, frutas, e muitos presentes par a Rainha do Mar. A fila para entrega dos presentes já estava enorme. Entreguei minhas oferendas no dia 1º a noite.
A partir das 10;00 fui para a concentração do Bloco Amigos do Rio Vermelho, lá na Fonte do Boi onde o os jovens e velhos moradores e amigos do Rio Vermelho se divertiam. Aúnica nota dissonante foi a aparição do trio eletrico do Psirico.É realmente uma distorção tremenda em uma festa que tradicionalmente sempre foi de instrumentos de sopro e percursão.
Que me desculpem as autoridades competente, más trio eletrico nunca, repito nunca foi tradição nem na Festa de Yemanjá nem na festa do Rio Vermelho. Trio eletrico, não importa se é mini ou max é sempre trio eletrico, com seus beneficios e muitos malefícios em espaçõs pequenos. Sabemos que com o avanço da tecnologia, um chamado mini, pode ter pode ter potencia maior do muitos max.
Não vim para o "vuca vuca" do largo de Santana, más as informações colhidas é que tudo transcorreu como nos anos anteriores. Fico a lamentar o ocorrido com o presente, más, acredito que Branco não teve culpa noocorrido.
Um grande abraço
Maneca
A FESTA DE YEMANJÁ: O COMEÇO.
ResponderExcluirEmbora ressaltando a importância do questionamento de Ricardo que nos remete a uma reflexão sobre o que precisa ser feito de hoje em diante para para a melhoria da Festa creio que o objetivo do tópico é mais amplo, e como eu vivo no bairro há 60 anos permito-me fazer algumas considerações sobre o Presente que acompanho a tanto tempo.
O começo das coisas é sempre nebuloso, dá margem a várias interpretações, se com o início do mundo é assim imagine com o Presente de Yemanjá
Pela versão "oficial", em 1924 um grupo de 29 pescadores do Rio Vermelho, resolveram oferecer um presente a Yemanjá para que ela ajudasse na pescaria já que os peixes estavam escassos, essa versão ganhou força devido a uma entrevista dada pelo pescador Eustáquio - um dos 29 - ao jornal Tribuna da Bahia em dezembro de 1970.
Já Licídio Lopes em seu livro O RIO VERMELHO E SUAS TRADIÇÕES, ressalta o fato que os pescadores estavam insatisfeitos porque os veranistas tinham assumido a direção dos festejos de Santana e eles que iniciaram a devoção e sempre participavam da direção estavam ficando marginalizados, o presente teria sido uma resposta dos pescadores a essa situação.
Essas duas versões que foram copiadas à exaustão pelos "historiadores" que vieram depois, mas falta para mim o componente principal, a presença do Candomblé no Presente, não é possível que o Presente tenha começado sem a presença forte dos Povo de Santo que são os verdeiros adoradores da Orixá, fala-se até que no começo era conhecido como Presente da Mãe d'Água, ora quem é que ia ter coragem de pronunciar o nome de Yemanjá numa época que os adeptos do Candomblé sofriam furiosa perseguição da polícia? A presença dos adeptos do Candomblé na origem do Presente não como coadijuvantes mas sim como protagonistas é, a meu ver, onde os futuros pesquisadores devem concentrar sua atenção.
Roger, nessa hora todo mundo lembra que tem mãe
ResponderExcluirA FESTA DE YEMANJÁ: APOGEU
ResponderExcluirO Presente atingiu seu apogeu sob a direção de Mestre Flaviano lá pelo final dos anos de 1960 e início de 1970. Flaviano era líder dos pescadores, conhecedor profundo do Candomblé e captou como ninguém o verdadeiro espírito da Festa, foi na sua gestão como Presidente da Colônia que criou-se a Casa de Yemanjá, anexa à Casa do Peso e implantou-se a estátua de Yemanjá, executada por Manoel Bonfim, artista que na época morava no Rio Vermelho.
Conheci Flaviano nos corredores da Sutursa (ancestral da Saltur), eu e Gildasio mendigando recursos para o Bando Anunciador que queríamos salvar da extinção e ele pleiteando recursos para Festa de Yemanjá. Entre nós aconteceu um fato curioso e (hoje) engraçado: Como tinha elementos inescrupulosos passando um livro de ouro em nome da comissão dos Festejos de Santana eu e Gildásio lançamos um manifesto denunciando o fato e pedindo para os moradores não assinar nada e chamar a polícia. Quando encontramos Flaviano, ele com cara de desânimo foi logo dizendo: - Vocês me fuderam! Ninguém quer assinar no meu Livro de Ouro! É que Flaviano também tinha o seu Livro de Ouro que se destinava a angariar fundos para fazer a festa de Yemanjá.