O Tráfego

A preservação do patrimônio arquitetônico do RIO VERMELHO e da qualidade de vida de seus moradores, tem prioridade sobre um tráfego de passagem de veículos individuais .
A COMISSÃO DO PATRIMÕNIO CULTURAL E A COMISSÃO DE PLANEJAMENTO une seus esforços e luta:

* Para impedir que uma imposição viária predatória venha a prevalecer sobre os escombros da memória cultural e paisagística do bairro;
* Para fazer preponderar os benefícios do potencial deste bairro , colocando-o dentre os bons lugares de morar e de ser visitado, fazendo de sua orla marítima, um percurso prazeroso, nunca um corredor rodoviário , separando turistas e moradores, da porção de mar de sua própria sesmaria.

COMISSÂO : PATRIMÔNIO CULTURAL DO BAIRRO DO RIO VERMELHO
COMISSÂO : PLANEJAMENTO DO BAIRRO DO RIO VERMELHO

Este trabalho tem pela frente, um grande desafio que é conscientizar os responsáveis pelas soluções do tráfego proveniente de Ondina e Barra , que passa em direção a Amaralina e Pituba , e vice versa , atravessando as ruas do Centro Histórico ,desde a Paciência até a Fonte do Boi ,de que as soluções devem passar necessariamente pela preservação do patrimônio natural e construído.

As propostas que vêm sendo sugeridas como alternativas para liberar o tráfego do “insustentável” engarrafamento que ocorre nas horas de rush convergem para duas únicas alternativas : ou por demolir o quarteirão entre a Rua Borges dos Reis e a praia ,ou por construir uma imensa ponte passando sobre o mar, por de traz deste quarteirão, Estas são as únicas opções até agora cogitadas, tanto nas pesquisas do Portal do Rio Vermelho ,quanto nas rodas informais de amigos .

Como a última hipótese certamente seria descartada ,inviabilizada pelo alto custo da obra , ficará a primeira como sendo inexoravelmente o mal necessário , uma fatalidade inevitável.

Trata-se de enfrentar uma cultura enraizada que coloca os imperativos do tráfego ,sobretudo dos veículos individuais ,acima de qualquer outro valor urbano por mais relevante e especial que seja o seu mérito.

Foi assim que ficou decidido demolir a Igreja da Sé .das mais antigas da cidade ,para construir um terminal de bonde .E que ,passado um tempo, ficou decidido que o sistema de transporte do bonde estava obsoleto, e por isso ficou decidido que o espaço seria reaproveitado para um moderno terminal de ônibus .Passado outro tempo, ficou decidido que não era assim tão necessário este terminal . Ficou decidido que os ônibus retornariam bem antes, por uma das transversais da Rua Chile ,e que o terminal da Sé perdera a serventia .

Por último ficou decidido transformá-lo em uma praça , devolvendo-a para os pedestres , sem o seu Terminal e sem a sua Igreja da Sé.

Por motivos semelhantes também se decidiu e se perdeu o Corredor da Lapinha ,a Rua da Faísca ,os sobrados da Praça Castro Alves e muitos outros conjuntos arquitetônicos ,testemunhos da nossa história , mercadorias que são valiosas como garantia de atração turística, em qualquer outra cidade do mundo, que se proponha a fazer do turismo um suporte econômico.

Por se tratar de uma interferência na área do centro histórico do bairro, que é parte integrante da ÁREA DE PROTEÇÃO CULTURAL E PAISAGÍSTICA No 10 ,anexo A 71.1. PDDU , e por entender que a preservação do patrimônio arquitetônico do Rio Vermelho e da qualidade de vida de seus moradores, tem prioridade sobre um tráfego de passagem de veículos individuais , decidiu-se unir esforços e lutar para impedir que uma imposição viária predatória e a serviço do transporte individual , que por natureza ë insaciável, venha a prevalecer sobre os escombros da memória cultural e paisagística do bairro.

Queremos fazer preponderar os benefícios do potencial deste bairro , colocando-o dentre os bons lugares de morar e de ser visitado, fazendo de sua orla marítima ,um percurso prazeroso , nunca um corredor rodoviário , separando turistas e moradores da porção de mar de sua própria sesmaria.
Estas cinco alternativas, com nuances diferentes para desviar o tráfego de passagem em discussão . estamos apresentando apenas a título de contribuição. Não temos a pretensão de resolver problemas viários ,não somos competentes para isso ,nem nos cabe esta tarefa .É um esforço que expressa a convicção de todos de que não podemos admitir a destruição do patrimônio cultural e paisagístico do bairro . Somos todos sabedores de que o morador se orgulha de ter nascido e crescido circulando entre o antigo casario ,debruçando-se na Balaustrada da Paciência ,sentando-se no topo das muralhas ou caminhando ao longo das faixas verdes, quando são elas que separam caminhos e praias .
Não devemos permitir a presença de uma pista de alta velocidade interceptando a relação do morador com o seu pedaço de mar .O morador quer atravessar para ir à praia tomar banho de mar ,comprar peixe fresco,ver pescador pescar ,admirar o por do sol ,jogar na quadra de esportes e assistir a missa do padre Ângelo ,sem correr o risco de ser atropelado.

Faz parte do nosso trabalho , recomendar que desviem o tráfego de passagem e diminuam o fluxo de tráfego ao longo do centro histórico ,introduzindo mais sinaleiras ,reduzam as faixas de rolamento e alarguem as calçadas .

Estas intervenções são necessárias para incrementar um percurso turístico ,com lojas ,butiques ,bares restaurantes ,teatro ,cafés etc ,que ,partindo da área de concentração de hotéis da Fonte do Boi, e passando pelo Largo da Mariquita ,Rua João Gomes, Rua Almerinda Dutra ,Borges dos Reis ,Guedes Cabral ,Praça de Santana ,Rua da Paciência , finalmente chegue á imponente Balaustrada da Paciência projetada pelo arquiteto italiano, Felinto Santoro , construída no início do séc. XX sobre uma extensa e alta muralha de pedras .

Finalizando recomendamos, que a proposta física destas intervenções, leve sempre em conta os recortes da geografia de cada lugar,o pitoresco de suas paisagens e a memória arquitetônica do patrimônio construído (casarios, muralhas, balaustradas, encostas verdes ,etc).

Esperamos que as nossas sugestões possam ,de uma certa forma contribuir para chegar a uma decisão ,ainda que de longo prazo. Que seja discutida com a nossa comunidade e aprovada à nível de lei , para que possam ser reservadas e controladas pela SUCON ,através de recuos as áreas que serão utilizadas para implantação do projeto aprovado.









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