A pracinha da Fonte do Boi

Por  Francisco Rebelo

Ontem foi inaugurada a pracinha da Fonte do Boi (que, na verdade, foi o aproveitamento do canteiro central), com algumas críticas, naturais em todo processo de construção.

Mas posso dizer que fico feliz em ver crianças brincando com bolas, bicicletas, skates e patins sobre o caminho de cimento que foi colocado sobre o canal (a meu ver, o piso intertravado que havia sido sugerido, apesar da beleza estética, não possibilitaria isso, pois elas ficariam andando sobre a grama, matando-a), e também no parquinho infantil. Vejo pessoas circulando com mais segurança por causa da iluminação, e moradores e frequentadores da rua conversado com os vizinhos, fazendo cooper ou malhando nos equipamentos de ginástica. Viu como os dois bicicletários estão sendo úteis?

Sobre as mudas de árvores nativas, elas não foram descartadas. Serão plantadas quando o inverno chegar (qual muda resistiria a esse calor, em pleno verão?), e a rega está sendo feita por membros da Associação (quem passa cedo verá Miguel, Goulart e outros moradores molhando as plantas com água de suas casas). e ainda há muito a ser feito: implantação de coleta seletiva, atividades comunitárias, etc.

Apesar de alguns interesses contrariados (de forma direta, dos que queriam transformar o canteiro em estacionamento e/ou extensão de bar), o processo como um todo foi positivo, porque mostrou que um grupo de moradores organizados, sem pretensões político-partidárias, pode, sim, conquistar muito para sua comunidade, principalmente quando entende que não se pode ficar excluído, vendo "a banda passar", dançando por música tocada por outros distantes.

A rua ainda convive com problemas. Muitos deles por conta da falta de educação e civilidade das pessoas, como não recolher as fezes dos animais, e motoristas que não respeitam os usuários de cadeira de rodas ao insistirem em parar em frente aos acessos à rampas para cadeiras de rodas (a exemplo das fotos que envio por e-mail, documentando quando um que se acha todo-poderoso pára sobre o material de trabalho do pessoal da Prefeitura que executava obras numa caixa de passagem e, mesmo alertado, assim ficou o carro - dá prá ver o pessoal parado, sem poder nada fazer).

Acredito que a Associação não deixará a peteca cair. Até porque não é composta por políticos que estão apenas interessados no momento eleitoral e sim por moradores, ex-moradores e habituées, muitos com mais de 30 anos de rua. Por isso, é importante ficar de olho nos candidatos de plantão, nesse ano eleitoral, que aparecerão com mil promessas de apoio, presença e realizações. Por que não fizeram antes?

Vale ressaltar que a Prefeitura continua devendo muito ao Rio Vermelho: um melhor cuidado com a bagunça no trânsito e com o calçadão do Largo da Mariquita, o conserto da encosta da Paciência, uma pressão sobre os donos das calçadas (idosos, alerta geral!!!), o replantio de árvores na Mariquita, no mercado e na praça ao lado da Igreja de Santana (alô, padre, dá uma força aí... árvore é vida, é criação divina!), coleta adequada do lixo no "centrão" (IPASE, praça da cruz, etc), o fim da privatização das vagas pelos estabelecimentos comerciais, e por aí vai... Aí, com a palavra, a AMARV para fazer mais pressão ainda!!!

Abraço carinho, e um ano novo com renovações na Câmara, longe dos que só jogam com mazelas para atender seus mais vis interesses privados!
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1 Comentários
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  1. Cara, por favor, não precisa se esforçar pra dizer que essa praça é bonita. A gente ENXERGA.

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