Greve de ônibus chega ao fim

Os rodoviários decidiram por fim à greve da categoria, neste sábado (26). O movimento, que durou quatro dias, foi encerrado após assembleia realizada pelos trabalhadores no Sindicato dos Eletricitários, durante a manhã. O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Manoel Machado, determinou que os ônibus saiam às ruas imediatamente.

Segundo ficou decidido, a categoria resolveu aceitar a decisão do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) tomada ontem em audiência. Os desembargadores do TRT determinaram aumento de 7,5% dos salários, retorno do quinquênio e aumento do valor do ticket refeição, de R$10,77 para R$ 11,22.

Em nota oficial encaminhada à imprensa nesta manhã, Machado explicou que o percentual conquistado cobre a inflação e proporciona mais de 2% de ganho real. “É até o momento o maior reajuste já fechado pela categoria rodoviária no país este ano”, avaliou.

Para o diretor Hélio Ferreira, a volta do quinquênio que era uma das principais reivindicações dos rodoviários, foi um dos motivos para o retorno ao trabalho. “A cada cinco anos trabalhados na mesma empresa, o rodoviário terá de volta 5% a mais sobre o salário. Com isso uma parte da categoria terá até 17,5% de reajuste”, diz Ferreira. O desconto referente aos dias parados será parecelado. 

De acordo com Jorge Castro, assessor de Relações Sindicais do Sindicato das Empresas de Transporte (Setps), os ônibus já estão voltando a rodar e a situação deve estar normalizada até o final da tarde.

Questionado sobre a decisão do TRT, Castro pronunciou: "As empresas têm que acatar o que a justiça determinou".

O assessor disse ainda que não é o momento de discutir um eventual aumento da tarifa. Mas observou que as empresas solicitaram reajuste à prefeitura no final do ano, no entanto, o pedido não foi acatado pela administração municipal.

Greve - Cerca de 18 mil rodoviários entraram em greve na última quarta-feira (23). A decisão aconteceu depois que patrões e empregados entraram em um impasse em torno das reivindicações da categoria.

Por determinação da Justiça, 60% da frota de ônibus deveriam estar nas ruas nos horários de pico e 40% no período de menor movimento. No entanto, os rodoviários mantiveram a paralisação, mesmo com a determinação judicial que estabeleceu ainda a multa diária, em caso de descumprimento, de R$ 50 mil para o Sindicato dos Rodoviários e R$ 25 mil ao Setps.

Os ônibus não circularam durante o período da greve e a população foi obrigada a recorrer aos veículos do transporte complementar e clandestino. De acordo com a Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador), alguns taxistas se aproveitaram da situação, desligando o taxímetro e cobrando valores abusivos.

A greve dos rodoviários também refletiu no comércio da cidade. De acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), somente nos três dias da paralisação, os prejuízos para o comércio chegaram a R$ 12 milhões na capital. Com a queda no movimento, as lojas tiveram que fechar 2h mais cedo.

Também por conta da greve, as aulas foram suspensas em algumas instituições de ensino municipal e privadas de Salvador e Região Metropolitana. Algumas redes de ensino particular mantiveram atividades normalmente mas tiveram que fazer ajustes de horário na grade escolar e cancelaram atividades avaliativas. (Informações Jornal A tarde).
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