Manifestação frequente na capital baiana o Banho à Fantasia onde as pessoas se fantasiam com roupas feitas em papel crepom colorido e desfilam cantando e dançando atrás de uma batucada, até a praia onde se banham com roupa e tudo, desapareceu do calendário de festas, restando apenas a do Rio Vermelho organizado pelos moradores da Vila Matos e Alto de Ondina e que se mantem pela obstinada persistência de alguns moradores, destacando-se Luciana Cruz, filha do mestre Cacau do Pandeiro, que faz uma verdadeira peregrinação pelos órgãos públicos para conseguir patrocínio e colocar literalmente o bloco na rua.
O historiador Gildásio Freitas, ex-morador da Vila Matos, lembra que O Banho à fantasia é remanescente do tempo em que os festejos em louvor a Nossa Senhora Santana se destacavam no ciclo das festas de largo e foi a melhor maneira que os moradores da Vila Matos encontraram para contribuir com o brilhantismo da festa, saindo sempre 15 dias antes do Carnaval, no domingo em que também era a data que à tarde saia o “Bando Anunciador dos Festejos do Rio Vermelho,” com seus belos carros alegóricos.
O Bando Anunciador do Festejos do Rio Vermelho acabou, mas o Banho à Fantasia se mantem e chega aos 75 anos puxado pelo Bloco Lero-Lero, que é oriundo dos Blocos Jaraguá e rei Zulu fundados por Aloísio, o “Velho Monarca”, ainda na década de 30 e que o mestre Cacau do Pandeiro, deu seguimento .
Este ano o Banho à Fantasia presta homenagem a João Boy(foto), artista que além de ajudar a botar o bloco na rua chama atenção com as belas fantasias com que sempre se apresenta no desfile.