Nesta madrugada por volta das quatro da manhã aconteceu um tiroteio em frente ao prédio onde funcionou o restaurante Casa de Dinha, as primeiras informações dão conta de que três pessoas foram baleadas. Não se sabe exatamente como o tumulto começou, testemunhas afirmam que foram mais de treze disparados. O local ainda estava movimentado, com muita gente nos bares que ficam no Largo, onde houve pânico e correria (veja imagens). O contingente da 12ª CIPM agiu rapidamente no socorro as pessoas baleadas que foram levadas ao HGE.
Faz tempo que a Amarv, Conselho Comunitário, moradores, comerciantes e demais entidades demonstram preocupação com o grande fluxo de pessoas que se deslocam para o Rio Vermelho nos finais de semana, principalmente após as obras de requalificação. A nova realidade do bairro motivou várias reuniões na Prefeitura-Bairro entre representantes de órgãos públicos e essas entidades. Uma comissão esteve em audiência com o Secretário de Segurança Mauricio Barbosa, no último mês de julho, solicitando reforço policial tendo em vista que a 12ª CIPM não dispõe de contingente suficiente para dar conta do policiamento em toda a extensão da orla do bairro onde o furdunço acontece durante a noite e madrugada entre a Paciência, Mariquita e ruas transversais. A comunidade reconhece que o comando da 12ªCIPM tem feito o máximo para dar conta da situação, mas é humanamente impossível por conta da multidão e de tudo que esse fluxo de pessoas atrai todo final de semana
Nos dois últimos finais de semana após várias reuniões entre os órgãos da prefeitura, 12ªCIPM, Amarv, comerciantes e moradores, decidiu-se acabar com o estacionamento no trecho da curva da Paciência até as quadras, onde carros paravam de forma irregular e com som nas alturas causavam um grande tumulto na área gerando vários conflitos. Com essa medida a confusão que se formava nesse trecho deslocou-se para outras áreas. A ninguém interessa um bairro sem vida, mas é preciso que as autoridades entendam de uma vez por todas que o Rio Vermelho nos finais de semana é uma festa de largo e para isso torna-se necessário colocar em prática as medidas adotadas para esse tipo de evento. O verão está chegando, com período de festas e férias e a tendência é de que fluxo de pessoas aumente ainda mais no bairro, portanto, é preciso pensar no que fazer para que situações como a dessa madrugada não se repita. Falta de aviso não é.
Por quê você não trata no seu artigo, que muito do que vem acontecendo é por conta da reforma do Mercado do Peixe, que agora virou um shopping, espaço para a burguesia, afugentando os seus ex-frequentadores para o Largo de Dinha, aumentando o seu contingente e consequentemente a violência? Os dois espaços comportavam tranquilamente os dois públicos que eram bem diversos, mas agora tornou-se impraticável transitar pelo largo de Dinha. O pagodão, o tráfico, os vendedores ambulantes, tomou tudo. A culpa é de ACM Neto que transformou um espaço popular em um espaço de restaurantes caros, para uma minoria, deixando o povo agora da classe mais baixa com apenas uma opção, já que o outro espaço que era de todos, agora é frequentado apenas por uma minoria. Pense ai um pouquinho.
ResponderExcluirIVAN SANTTANA
Oi Ivan, o Blog é aberto aos comentários e todos podem externar suas posições. Na sua visão o problema foi criado a partir da reforma do Mercado, esse é o seu ponto de vista outras pessoas também já levantaram essa hipótese, mas o BLog não pode afirmar categoricamente que a causa da violência é essa, para isso precisaríamos de um estudo aprofundado , o que nos cabe é expor nesse espaço todas as opiniões.
ExcluirRealmente, a violência no bairro é um fato opressivo, por mais que nós calemos sobre isso. Santtana levanta o fato sobre a perda do espaço popular solidificado pelos anos como solução para o baixo custo em diversão, com atendimento popular, bem ao jeito do povo. Isso certamente deve contribuir no total de um modo importante, pois essas soluções de governo nem sempre são tão felizes como o finado Mercado do Peixe. Porém, como Carmela pondera, só um estudo poderia afirmar de onde vem a violência. A palavra estudo já nos leva a pensar na academia, uma instituição que tem feito muita asneira na formação do mundo, e hoje diante das novas tecnologias já se sabe que o modus operandi acadêmico é inútil em grande parte dos processos da interação do ser humano com a natureza. Mas nós podemos desvelar algumas verdades óbvias que pode ser confirmada por qualquer um. As causas da violências são pântano para pesquisadores, mas a inibição de sua manifestação é o trabalho do governo direto e imperioso, senão é o caos. Podemos ver que tem falhas tanto no nível estadual quanto no municipal. A polícia baiana, a militar por excelência, não é orientada como tratar com civis, a palavra cuidar nem de longe passa em suas diretrizes, o civil é um inimigo, e o indício de crime é ter pouco dinheiro. A prefeitura baiana tradicionalmente atende mal e é descompromissada com a qualidade de vida dos cidadãos, promessas que iria postar câmeras em toda a cidade foi feita pelo atual prefeito, que como outros anteriores sairá com seu grupo mais poderoso e a cidade mais espoliada. A violência do Rio Vermelho só acontece por gestão pública de má fé.
ExcluirVocê se engana ao achar que o antigo Mercado do Peixe era frequentado por todos. Os preços podiam até ser menores, porém o espaço não era tão organizado e seguro. Me lembro que estava mal iluminado, uma esculhambação com carros de som, direto tinha assalto e tiroteio por lá.
ExcluirNão acredito que a revitalização do Mercado do Peixe é a causa dessa aglomeração e violência, próxima ao largo de Dinha. Até porque o antigo Mercado do Peixe também já estava sofrendo com bagunça, assaltos, som alto, brigas, tiroteios, etc... (mesmo localizado em frente à Delegacia). A culpa dessa violência tem um único motivo: O trafico de drogas, que está em constante confronto pelo domínio da região.
ResponderExcluirLembro que o Rio Vermelho é fisicamente cercado pelo Eng. Velho da Federação, Ondina, Vale das Pedrinhas, Santa Cruz, Nordeste/Amaralina, bairros que estão semanalmente nos noticiários por conta dos conflitos entre facções. Logo, o RV passa ser a "menina dos olhos de ouro" desse publico, uma vez que tem atraído um fluxo imensurável de gente nos finais de semana. Há de se pensar o custo beneficio dessas "festas de largos" da forma que vem ocorrendo ali.
Porque mesmo com as ruas cheias, os bares e restaurantes da região continuam vazios e fechando.
Não tem nada a ver com elitismo ou briga de classes sociais, tem a ver com o bem comum e segurança.
Todo mundo que vem ao nosso bairro é muito bem vindo, desde que venha curtir e manter a PAZ.