Sereia vende lágrimas na Festa de Iemanjá

A“Fábrica de Lágrimas de Sereia”, performance por Elizabeth Doud, circulará num palco móvel pelas ruas do bairro durante a Festa de Yemanjá, a partir das oito da manhã, e, além de vender lágrimas, conscientizará sobre a necessidade de cuidar dos oceanos.O projeto “Fábrica de Lágrimas de Sereia” foi contemplado no edital 22/2016 - Setorial de Teatro da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia

Uma sereia sairá das águas no dia dois de fevereiro e irá para as ruas do Rio Vermelho com a missão de denunciar o estado dos oceanos depredados e o pouco cuidado que o ser humano tem com o mar, onde, por exemplo, joga lixo plástico, que demora séculos para se decompor. Ela é uma sereia vigilante, uma mistura de professora-ativista-vendedora, uma pós-moderna super-heroína descendente de Iemanjá que vive em uma tenda na praia e anda pelas ruas em bicicleta, já que o mar não é mais habitável.

Mas a sereia não traz só a dor. Oferece às pessoas suas lágrimas como uma cura milagrosa para os males do humano contemporâneo. Em um palco sobre rodas, puxado por uma bicicleta, a sereia é encarnada pela artista Elizabeth Doud, que idealizou e encena essa pequena obra performática de rua, que conta a história dessa sereia contemporânea que vem à terra para fazer uma denúncia e conquistar os corações humanos. O projeto é parte de uma pesquisa de doutorado do Programa de Pós-Graduação de Artes Cênicas da UFBA, que contempla a performance como ferramenta para responder as grandes crises cli máticas e ambientais do mundo de hoje.

No dia dois de fevereiro a sereia estará transitando pela Festa de Iemanjá a partir das oito da manhã. No dia 03 de fevereiro, a partir das 10h, será a vez da sereia levar suas lágrimas milagrosas à Orla da Barra. Nos dias 17, 18 e 24 de fevereiro as apresentações acontecerão em praias da Ilha de Itaparica.

A “Fábrica de Lágrimas de Sereia”, performance por Elizabeth Doud, é uma investigação e meditação sobre a figura mitológica da sereia, o plástico, o mar e a nossa sobrevivência em um momento onde o equilíbrio ecológico dos oceanos está cada vez mais ameaçado. A peça aborda, principalmente, a poluição de plásticos e o aquecimento dos oceanos do mundo pela criação de uma narrativa inspirada nos mitos das sereias e no orixá Iemanjá, para elaborar narrativas e metáforas que falam pontualmente dessas questões complexas de ordem global.

A sereia. com texto, movimento e uso de objetos, apresenta uma visão absurda, cômica e terrível dos danos que estamos sofrendo.

Apresentações em Salvador :
  • Rio Vermelho – 2 de fevereiro 2 – a partir das 8h – em frente à Praia de Santana e à Casinha de Iemanjá 
  • Apresentação Barra – 3 de fevereiro – a partir das 10h – Orla do Farol da Barra
  • Apresentações na Ilha de Itaparica
  • Mar Grande (praça) – 17 de fevereiro – das 10h às 15h
  • Itaparica, Ponta de Areia e Amoreiras – 18 de fevereiro – Itaparica às 10h, Ponta de Areia e Amoreiras a partir das 15h
  • Barra Grande – 24 de fevereiro - a partir das 10h - passeata de bicicleta em massa – sai de Barra Grande às 15h, da Igreja da Penha - todo o público está convidado acompanhar a sereia na passeata em prol da proteção de nossos mares e por uma ilha sem lixo!
Sereia vende lágrimas na Festa de Iemanjá
Foto/ divulgação
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