A manifestação popular Zambiapunga é oficialmente Patrimônio Cultural do estado da Bahia


O governado da Bahia, Rui Costa, assinou decreto que foi publicado na edição desta sexta-feira (30), no Diário Oficial do Estado, tornando a manifestação popular Zambiapunga, Patrimônio Imaterial da Bahia. O Zambiapunga de Taperoá é uma das atrações do desfile dos Palhaços do Rio Vermelho desde o primeiro ano que o grupo botou o bloco literalmente nas ruas do bairro

Presente em municípios do Baixo Sul baiano, como Cairú, Nilo Peçanha, Taperoá e Valença, a manifestação Zambiapunga liga-se profundamente a aspectos culturais e religiosos importados do continente africano, mais especialmente, dos povos de língua Banto.

Tradicionalmente, o grupo sai às ruas na véspera do Dia de Finados, vestindo roupas coloridas e máscaras, dançando e despertando a população. A manifestação será inscrita no Livro do Registro Especial das expressões Lúdicas e Artísticas, do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac).

Considera-se que a palavra Zambiapunga vem de Zambiapombo, Nzambi Mpungu, Zambi e Nzambi, originárias dos povos Bantu, de onde veio também a tradição do candomblé da nação angola na Bahia. Esses entes sacros seriam correlatos ao deus Olorum do candomblé Ketu, e é sincretizado no catolicismo ao Senhor do Bonfim. Os bantus são originários de Angola e Congo, na África.

Inscrições estão abertas para o concurso Luzes do Natal do Rio Vermelho

Postar um comentário

0 Comentários
* Os comentários publicados são de inteira responsabilidade do autor. Comentários anônimos (perfis falsos ou não) ou que firam leis, princípios éticos e morais serão excluídos sumariamente bem como, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos e agressivos, não serão admitidos.